sábado, 17 de novembro de 2012

STF e a mídia associada preparam o perdão a Jefferson

O STF que é a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil compromete suas funções e responsabilidades quando seus membros “sobem no palco” e começam a agir como se fossem vedetes da mídia, repercutindo em suas decisões o teor dos editoriais e das colunas dos articulistas, autodeclarados oposicionistas, em distorção de seu papel presumido, trás insegurança para qualquer cidadão comum que começa a temer até pela sua segurança pessoal, já que o exemplo de cima pode comprometer a isenção em outras instancias jurídicas.

Tese foi lançada por Veja, encampada por Reinaldo Azevedo, Folha e, agora, Dora Kramer. A dificuldade é encontrar um caminho legal para livrar o ex-presidente do PTB da prisão, sem que ele tenha feito formalmente uma delação premiada. Detalhe: ele recebeu R$ 4 milhões do esquema e só falou porque queria mais.

O julgamento da Ação Penal 470 ainda não terminou, mas o Supremo Tribunal Federal guarda uma surpresa para o fim: o perdão a Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB, com a drástica redução das suas penas. Embora ele não tenha feito uma delação premiada, os ministros tendem a considerá-lo um "réu colaborador", cuja participação teria sido decisiva para a elucidação do esquema.

Rememorando a história. Em maio de 2005, Veja publicou uma capa sobre corrupção nos Correios, um feudo até então dominado pelo PTB, de Roberto Jefferson. No fim de semana seguinte, Época publicou outra capa contra o personagem. Sentindo-se ameaçado, Jefferson decidiu falar. Concedeu duas entrevistas à Folha. Na primeira, disse que o PT pagava mesada de R$ 30 mil a deputados (o "mensalão") e, na segunda, que o esquema era operado por Marcos Valério.

Hoje, sabe-se que Jefferson recebeu R$ 4 milhões (disse que o só o PTB fez caixa dois enquanto outros partidos, segundo ele, aderiram ao mensalão) e exigia o cumprimento de um acordo de R$ 20 milhões. Ou seja: falou porque queria mais. Em entrevistas recentes, também tratou a palavra mensalão como mera "figura retórica", até porque os pagamentos regulares jamais foram provados.


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