É um artigo interessante e bastante oportuno,
tendo em vista o convívio intensivo e prolongado entre vizinhos com todos os seus
mode d’emploi, modus vivendi e operacionalidade toda no cotidiano, de forma bem mais
intensiva que a usual em função da quarentena.
Logo uma reflexão sobre isso surge na hora, quando
vamos perceber que é bem mais fácil do que parece à boa convivência, ou como diz
o título deste artigo em um blogue nosso:
“Como
ter um bom vizinho mesmo não o tendo o escolhido.
Existe um ditado que diz: “O melhor a fazer para
se ter um bom vizinho é manter uma boa cerca”.
Parece uma visão meio pessimista, mas, sabedoria do povo é “sempre sábia”. Ainda não perdemos aquele instinto animal da noção/necessidade de território, e a sua invasão seja ela física ou subjetivo/existencial gera, no mínimo, um grande estresse e muita animosidade.
Portanto, construir uma “boa cerca” significa
estabelecer uma relação respeitosa com a observância das normas legais,
normas da boa convivência, de reconhecimento e respeito territorial, seja ele
físico/espacial: som alto e barulhos em horários impróprios (cuide das
necessidades do seu cão); psicológico/sociais: cordialidade e deixar que o
vizinho cuide da vida dele sem mexericos e fofocas são atitudes ou elementos
essenciais para compor uma “boa cerca”.
Estas observações parecem tão óbvias como
desnecessárias, não é verdade? Mas, não é o que se vê por aí, principalmente
com a urbanização excessiva e o amontoamento – literal – das pessoas
em apartamentos pequenos com pouco isolamento acústico, o que faz com que viva a cada dia mais próximas e com perde crescente de privacidade.
Se as condições de moradia postas nas grandes
cidades, por exemplo, são estas, é necessário que se crie novos procedimentos
imprescindíveis para uma convivência mais tranquila e harmoniosa.
No mínimo que se atenha aos princípios legais do
silêncio, do uso do espaço comum nos prédios e condomínios, inclusive no
aspecto lixo e cuidados com a manutenção e preservação do patrimônio comum, que
só é comum no que se refere ao uso ou usufruto coletivo, não conferindo,
portanto a ninguém em particular qualquer privilégio pessoal sob qualquer
pretexto.
Pense nisso!
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