domingo, 9 de fevereiro de 2020

A fake no imaginário e na revolta de setores da população

Utilizar o argumento simplista de que tudo de ruim que aconteceu, e ainda acontece, no Brasil seria culpa do PT é a admissão sumaria de acentuado nível de incompreensão – senão ignorância, mesmo – do que efetivamente aconteceu e acontece no país.

É como responder a um argumento qualquer mandando o outro, o interlocutor para qualquer lugar pejorativo, normalmente em alto e bom som e meio que turbinado por uma raiva incompreensível, o que atesta o seu nível de insegurança.

É a própria essência do que se entende por fakenews, que normalmente não passa de um clichê ou uma frase simples, que é aceita e repassada velozmente para frente sem o uso de nenhum neurônio no processo.

É um instrumento que, na verdade, não é nenhuma novidade. É um recurso ou arma, mesmo, de regimes fascistas que visam colocar a população contra um hipotético inimigo, como base para uma vitória, nas urnas, usando e abusando da insana, senão imbecil, mesmo, revolta e ou indignação de setores da população.

O que, diga-se de passem não tem muito ver com nível de escolaridade ou condição econômica.

Veja um exemplo do passado recente:
Viu que é uma arma, ainda, utilizada para manter firme a alienação do eleitorado? Viu o que disse recentemente o Bolsonaro? Que a depravação do Carnaval seria fruto, que seria culpa do PT, como um argumento para tentar justificar as insanidades quem vem tentado impor a sociedade, associadas ao sexo e aos costumes, com os delírios da Damares, que tem se esmerado no tema.

A única saída para tentar se furtar a extrema eficiência e poder deste argumento, é não embarcar na primeira notícia, entre aspas, que se ouve, vê ou ouve falar, e usar um recurso tão simples como efetivamente desconhecido pela maioria.

É a contextualização, quando se busca situar a “notícia” em um aspecto maior, “dando um google”, como se diz, o que vai levar a uma visão, a uma ideia mais abrangente, mais próxima da veracidade dos fatos, da realidade.

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