Depois de ter sido
perdoado pelo deus local o moro, de seus pecados menores, agora,
diante do tamanho dos delitos ele recorreu ao deus maior, aquele exclusivo para os escolhidos pelo povo – é quem
votou no bozó tem corresponsabilidade em suas escolhas e não adianta lamentar
agora – para fazer o governo submetido à vontade de deus, como andam pregando assessores
do tinhoso.
Com certeza é um deus especial, bem condescendente com
as mazelas deles, diga-se de passagem, porque para o comum dos mortais, o resto
do povo, mesmo, e até certo político vitimado para garantir o esquema divino,
permanece o jugo da lei menor, ordinária, mesmo.
Confira: A onda que se apossou dos corações e mentes nacionais gerou um Estado macabro
Também, diante de um quadro
de anticorrupção de assessores tão especiais, a começar pelo próprio chefe “local
do esquema” e família, os pecados do tal do onyx são fichinhas.
“O mais importante é me resolver com Deus", diz Onyx sobre caixa 2
Braço direito do
presidente eleito Jair Bolsonaro e futuro ministro da Casa Civil, Onyx é
investigado por receber recursos ilegais para campanha eleitoral
O ministro da Transição e futuro ministro da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou, ao programa Canal Livre, da Band, que o mais importante para ele
é se "resolver com Deus" sobre o caso do recebimento de caixa dois da JBS.
A entrevista com Onyx foi exibida no início da madrugada desta segunda-feira
(10). Na sexta-feira (7), em entrevista coletiva com jornalistas em São Paulo,
o ministro disse que "resolver" o caso com a autoridade divina
"é importante" para ele.
Segundo delatores da
JBS, o futuro chefe da Casa Civil teria recebido R$ 100 mil em 2012 e R$ 200
mil em 2014 para campanhas eleitorais, e ele próprio já admitiu ter usufruído
dos recursos. O caso é investigado pela PGR (Procuradoria-Geral da República),
que obteve a autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar o caso
na semana passada.
Onyx voltou a insistir que errou ao não declarar os valores doados pela JBS,
mas disse que o caso não pode ser configurado como corrupção. Durante a
entrevista, Onyx mostrou uma tatuagem no braço com um frase bíblica, que teria
feito para tentar se aliviar do erro.
"Quando isso (a
prática de caixa 2) aconteceu, eu sofri muito. Dentro do que eu acredito, eu
entendi que eu tinha que fazer isso. Depois que eu fiz, e depois que eu pude me
sentir em paz, eu fiz uma coisa há dois anos. Aqui (mostrando o braço) está o
João 8:32: 'A verdade vos libertará'. Isso é para me lembrar do dia que eu
errei. Isso é para mim, não é para sair por aí mostrando." O mesmo
versículo é citado frequentemente pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, desde
a campanha eleitoral.
O ministro disse ainda que foi levado a praticar caixa 2 por se tratar de uma
"regra" em Brasília. E repetiu que a abertura da investigação pela
PGR lhe dará a oportunidade de prestar esclarecimentos.
Onyx também afirmou
que é um "combatente contra a corrupção" e citou o fato de ter sido
relator do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção na Câmara, que acabou
fracassando. "Não temo nada. Bolsonaro sabe quem eu sou", disse.
Em outro momento da
entrevista, o ministro elogiou seu futuro colega de Esplanada dos Ministério, o
ex-juiz Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública. "Ele chega cedo e sai
tarde (do gabinete de transição). A equipe dele está fazendo um trabalho... As
informações que temos recebido são excepcionais", disse Onyx. "(Com o
trabalho de Moro) Vamos fechar a torneira da corrução, se Deus quiser."
Thaís Barcellos
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