Em meio à insanidade geral que se apossou de grande
parte do eleitorado via fake nwes – WhatsApp, o Paulo Freire foi lembrado e execrado, por muita gente que, com certeza não
tinha, não tem, a mínima ideia de quem
ele era, e muito menos sobre o seu trabalho. Instinto de boiada é seguir juntos
de “cabeça baixa” e lançar-se juntos no precipício político/eleitoral em que nos
meteu a todos.
As mudanças bibliográficas que ministro’s [sic] de
educação do bolsonaro preconizam
para a educação como um todo, vem dessa leseira, desse uso e abuso dos corações
e mentes de tantos, completamente tomados pela farsa e pela mentira,
preconizando abolir o Paulo Freire como ícone maior de que chamam de comunismo
nas escolas.
Veja esta entrevista de um pesquisador à BBC/Brasil
(2015), quando fala sobre o “uso” do Paulo Freire no Brasil.
"Brasil nunca aplicou Paulo Freire',diz pesuisador
Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo
Freire". A frase, que aparecia em uma faixa durante a manifestação contra
o governo Dilma Rousseff em Brasília, em março de 2015, causou polêmica nas
redes sociais e provocou até uma resposta da ONU, defendendo o educador
brasileiro famoso mundialmente pela teoria da pedagogia crítica.
Considerado patrono da
educação no Brasil desde 2012, Freire dá nome a institutos acadêmicos em países
como Finlândia, Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul e Espanha, mas, em
sua terra natal, tem sido criticado por manifestantes e articulistas pelo que
consideram sua "influência esquerdista" no ensino.
O historiador e doutor
em Educação José Eustáquio Romão, seu amigo pessoal e especialista em sua obra,
discorda: "Paulo Freire nunca foi aplicado na educação brasileira. (...)
Ele entra (nas universidades) como frase de efeito, como título de biblioteca,
nome de salão."
Em entrevista à BBC
Brasil, ele diz que as ideias e o método de alfabetização de adultos criado por
Freire já serviram de base para políticas públicas em diversos países, mas
ainda se resumem a experiências pontuais no Brasil.
"Estou
convencido de que se aplicarmos hoje (o método), acabamos com o analfabetismo
no Brasil em um ano", afirma.
Segundo os dados mais recentes do IBGE, o Brasil
ainda possui 13 milhões de analfabetos, apesar da diminuição do índice nos
últimos anos.
Romão,
que é um dos fundadores do Instituto Paulo Freire e, atualmente, diretor de
mestrado e doutorado na Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo,
passou os últimos 15 anos em busca do manuscrito perdido do livro Pedagogia do Oprimido,
obra mais conhecida e traduzida do educador pernambucano, morto em 1997.
O
manuscrito, que contém trechos inéditos do livro – publicado nos Estados Unidos
em 1970 e proibido pelo regime militar brasileiro até 1974 – sobreviveu à
ditadura chilena nas mãos de Jacques Chonchol, ex-ministro de Agricultura no
governo de Salvador Allende (1970-1973). Agora, foi devolvido ao Brasil.
Continue lendo, aqui.
Em BBC
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