terça-feira, 23 de outubro de 2018

Setores religiosos – evangélicos e católicos – turbinam candidatura do Bolsonaro com discurso antiaborto

Um argumento radical que turbina grande parte do eleitorado do Bolsonaro é a certeza, entre aspas, de que o Haddad seria defensor do aborto.

Não só evangélicos. Mesmo aqueles do tal do Edir Macedo, um dos principais prepostos do esquema do tinhoso, mas aqueles dos demais pastores que o apoiam.

Pelo visto devem confiam muito na leseira de seus fiéis, haja vista o exemplo do Edir Macedo que fez a apologia do aborto – nunca vi alguém fazer com tanta convicção e veemência – mas as ‘certezas’ do eleitorado permanecem firmes.
Não só evangélicos, já que amplos setores da igreja católica, com respaldo franco e aberto de padres e de setores organizados da igreja, tipo Canção Nova e Rede Vida – não me contaram, eu vi – também entraram no discurso e fazem uma ‘cruzada santa’ contra ao Haddad/PT.

Pelo visto as reiteradas afirmações do tinhoso sobre a tortura e a eliminação pura e simples, sem maiores rodeios de delinquentes e/ou de pobres que ‘aparentam’ ser... Além do estimulo explicito da violência contra os diferentes e/ou opositores ou adversários, seria algo pelo visto santo.

O Papa Francisco foi bem enfático em condenar a violência e a tortura, dizendo com todas as letras que a tortura é pecado, sim!
Conheço famílias onde a polêmica interna, também via WhattsApps, só está faltando ‘sair morte’, como um amigo me contou, e a base fundamental é esta questão do aborto, em boa medida permeada do discurso religioso, visto e ouvido em sua igrejas e templos.

Uma boa lembrança é aquela em que um ‘liderzinho’ do psdb – de direita ou de centro direita – o José Serra, quando Ministro da Saúde no governo FHC, normatizou o aborto no SUS. Veja na íntegra aqui. E o psdb posa hoje de defensor da família.

O que se sabe é que, ao contrário do que muita gente acha, as iniciativas pró-aborto em qualquer lugar sempre saem da lavra da direita. O plano de governo do próprio Bolsonaro, ‘pensa’ adotar medidas dissimuladas de interrupção da gravidez e de nascimentos de pobres e negros. Fake? Confira o que o dito cujo anda pregando por aí.

Mas, o que justificaria esta contradição sobre o conceito de morte/vida? Sobretudo nas cabeças das lideranças religiosas? Uma hipotética morte por aborto – em nosso caso a fake news mais bem elaborada e de sucesso inquestionável – e o culto a violência e à tortura que já deu o ar da graça – e vem continuando via seguidores do tinhoso, como bem vem mostrando a mídia usual.

O que efetivamente estaria em jogo, já que a defesa da vida toma ares de uma bela fake news, para usar e abusar do conceito tão em voga?

O Haddad/PT assusta setores que se sentem melhor, entre aspas, na sociedade, digamos assim, inclusive aqueles que tomaram seu lugarzinho ao sol – nova classe média & Cia – graças às iniciativas democráticas, etimologicamente, mesmo, sobretudo dos governos Lula.

Isto tudo sem entrar no mérito do que um eventual governo do Bolsonaro representaria para o Brasil em termos econômicos, quando, caso eleito, a dilapidação do patrimônio público do país seria radical com a sua alienação em beneficio de interesses privados, tanto internos como, ou, sobretudo, internacionais. “Coisas” que o comum dos eleitores – independente de condição econômica ou de escolaridade – não tem a mínima ideia do que significam.

Não, não é intriga de esquerdistas, entre aspas. É só dar uma olhadinha no que anda dizendo representante do capital internacional, o Paulo Guedes, o czar da economia em eventual governo do Bolsonaro.

Seria só o comprometimento do futuro do país e de sua população. Simples assim
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