É,
dá pra parar... E, quem sabe, reverter... Ainda dá tempo. O seu coração e
mente, com certeza, agradecem... E, de resto, todos nós, o Brasil.
“Enfrente a Globo sem medo
Assisti Show da Xuxa e Os Trapalhões na televisão.
Na metade da década de 90 comecei a ler o jornal O Globo. Há nove anos ouço a
rádio CBN e há cinco assino os canais por assinatura do grupo Globo (não deixe
de ler esse artigo por isso).
Conheço as qualidades e alguns defeitos do inimigo,
ele pode ser vencido se encarado sem medo.
A Globo é inimiga do povo brasileiro por que é
“golpista”, derruba Presidentes da República quando quer e lidera as principais
conspirações do país? Ela é prejudicial porque representa o desequilíbrio da comunicação
nacional sob diversos aspectos. Maior rede de TV do Brasil, a TV Globo faturou
em 2016 R$ 10,2 bilhões, cinco vezes mais que a segunda colocada, a Record (UOL). Explorando concessões públicas, uma única família concentra mais poder do que a
sociedade brasileira deveria tolerar para a própria saúde. Milhões de
indivíduos assimilam nada além da interpretação limitada da Globo sobre nossas
questões políticas e sociais através da programação jornalística e da
infinidade de novelas. Programação que omite a riqueza da cultura popular.
O
grupo Globo Comunicação e Participações, responsável por canais de
televisão aberta, a cabo, revistas, internet e negócios musicais, é raso e
escalável. Vive inserido numa bolha, não tem memória nem contextualiza seu
conteúdo dentro da história de luta contra a discriminação e opressão racial no
Brasil. O editorial do jornal O Globo, segundo maior do país em circulação de
acordo com a Associação Nacional de Jornais, frequentemente revela o
conservadorismo da organização que pertence defendendo o bem-estar econômico
empresarial antes do bem-estar popular. O dinheiro das empresas anunciantes
ainda sustenta a maior parte do faturamento.
Mas
apontar excessivamente os defeitos de alguém sem apresentar propostas é sinal
de medo ou incompetência. Gritei “Fora, Globo!” na adolescência como um padre
exorcista grita para expulsar o demônio. Imaturo e intelectualmente
subordinado, não conhecia uma alternativa concreta para a saída da Globo do
corpo do Brasil. Gastava mais energia odiando o inimigo do que aprendendo como
derrotá-lo.
Debater
com a Globo é mais vantajoso do que tentar expulsá-la de repente, por milagre.
Com a popularização da Internet – ainda incompleta, visto que um terço dos
brasileiros não tem acesso a ela – podemos roubar a atenção dos seus seguidores
compartilhando postagens de diversos veículos que diversificam e aprofundam a
informação. Preocupam o inimigo o desenvolvimento dos canais colaborativos e
independentes, que nos libertam de uma interpretação única dos fatos.
Parar
de citar a Globo seria um ataque eficiente contra ela. Hoje eu e você temos as
ferramentas para gerar e publicar material de interesse público a respeito da
História e sobre os grandes vultos do Brasil – papel que cabe também à
televisão aberta – para um dia compreendermos através dele, em massa, por que
permanecemos como um dos países mais desiguais do mundo
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