terça-feira, 24 de outubro de 2017

Exortação do Papa Francisco aos padres brasileiros chega em bom momento

Essa exortação do papa ao clero brasileiro vem em momento oportuno, sobretudo depois que o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer posou com o Doria no lançamento de sua ração, chegando a defender a não politização da iniciativa do prefeito, como se todos “da poltrona” acreditassem na “ação bondosa”, apolítica, do dito cujo.

Não só ele, outros padres famosos têm sido vistos posando para mídia com coisas tipo Aécio, usando sua imagem/credibilidade religiosa para dar o aval, para ratifica-lo, quando “até as pedras sabem” sobre a biografia do dito cujo e a quais interesses serve.

O Papa Francisco tem dado sinais inequívocos “de que lado esta”. A democracia de fato e os interesses da população como um todo, sobretudo aqueles quem veem se tornando “órfãos” em muitas áreas, graças ás medidas tomadas pelo interino.

A sua negação em recebê-lo – ao Temer – em Roma, fazendo-o suspender viagem agendada para evento em Roma e mandar um representante, é um sinal inequívoco de sua opção.

    “O papa Francisco pede que os padres se unam no Brasil diante de “escandalosa corrupção”

O papa Francisco defendeu neste sábado (21) a necessidade da união do clero no Brasil diante da “escandalosa corrupção” ocorrida no País. Francisco se reuniu com a comunidade do Pontifício Colégio Pio Brasileiro de Roma.

“Neste momento difícil de sua história nacional, quando tantas pessoas parecem ter perdido a esperança em um futuro melhor pelos enormes problemas sociais e por uma escandalosa corrupção, o Brasil precisa que suas curas sejam sinais de esperança”, disse o papa.

Para Francisco, os brasileiros precisam ver um “clero unido, fraterno e solidário” diante da situação do País. “Os sacerdotes precisam enfrentar lado a lado os obstáculos, sem cair nas tentações do protagonismo ou de fazer carreira”, afirmou o pontífice.

“Tenho certeza de que o Brasil superará sua crise e confio que vocês atuarão nisso como protagonistas”, disse o pontífice aos estudantes e membros do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, recebidos por ele por causa do 300º aniversário da descoberta da imagem de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do País.

Fome

No momento em que o aumento do número de pessoas com fome, os conflitos e a mudança climática ameaçam deixar para trás ou obrigar milhões de pessoas a emigrar de seus países, não fazem sentido as denúncias de fachada nem as palavras medidas para evitar comprometimentos. Essa é a mensagem que o papa Francisco dirigiu na última segunda-feira (16), na sede da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, aos ministros da agricultura do G-7. “O que está em jogo é a credibilidade de todo o sistema internacional”, alertou o papa.

Especulação com o comércio de alimentos, apropriação de terras, cortes na cooperação. Em um discurso contemporâneo, alinhado com outros que já pronunciou anteriormente, o pontífice abordou sem subterfúgios quase todas as questões que tomam conta do debate sobre a erradicação da fome, suas causas e consequências. “Evitemos apresentar a fome como uma doença incurável”, pediu.

Na comemoração do dia internacional da alimentação, dedicado à relação entre a falta de alimentos e as migrações, Francisco mencionou as “raízes” do problema: a violência e o clima. Por isso, instou as autoridades do mundo todo a combater o tráfico de armas e a trabalhar em favor da paz. Mais uma vez, fez um apelo à comunidade internacional: “De que adianta denunciar que milhões de pessoas são vítimas da fome e da desnutrição por causa de conflitos e não fazer nada contra isso?”.

Acordo de Paris

Ele também destacou a relevância do Acordo de Paris contra a mudança climática – “do qual desgraçadamente alguns se retiraram”– e fez um chamamento por uma mudança nos estilos de vida, nos modelos de produção e no consumo de alimentos. “Qualquer discurso sério” sobre a segurança alimentar e a migração, segundo o papa, tem de partir desses pressupostos.

Na semana anterior, no mesmo local, a sede romana da FAO, reuniram-se representantes de governos, da iniciativa privada, ONGs e entidades urbanas, camponesas e indígenas do mundo inteiro para discutir as formas de garantir uma alimentação suficiente e saudável para todo o planeta. Na segunda-feira (16), o discurso de Francisco coincidiu, em grande medida, com as denúncias feitas nesse encontro.

Em osul

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