Publicar, ou no caso, ‘republicar’,
coisas assim, como este artigo de o
globo, um preposto dos interesses hegemônicos
dos EUA por aqui, hegemonia que não se limita ao substrato econômico-financeiro,
mas, também – como subsídio fundamental os corações
e mentes da população, notadamente aqueles mais desavisados – leia-se desinformados ou informados via meios de comunicação associados e usuais,
como a própria globo/JN, o que em certo
sentido dá no mesmo – é importante para atenuar a desconfiança de alguns
leitores que consideram notícias anti-metrópole como coisa de esquerdista, petista
ou coisa que o valha.
É como refletimos em artigo,
aqui, salientando que a “coisa” anda
pegando tanto, que até a mídia tradicional
que sempre ocultou ou dissimulou este tipo de notícia, vem sendo obrigada a publicar
alguma coisa ‘para não ficar ruim na foto’, sobretudo diante das vias de notícias
alternativas que vêm crescendo, sobretudo, via internet.
É o modelo que o golpe tenta implantar por aqui, lançando
na lata de lixo anos de iniciativas – e de sucesso – de se criar um pouco
de justiça social no país, corrigindo
desequilíbrios históricos de alienação de boa parte da população.
"Adolescentes nos EUA se prostituem para fugir da fome, diz estudo
Por
comida, americanos nessa faixa etária também cometem assaltos e vendem droga
(Levantamento aponta
existirem 6,8 milhões de adolescentes entre 10 e 17 anos com dificuldades para
se alimentar suficientemente nos Estados Unidos - Marco
Antônio Cavalcanti / Agência O Globo)
RIO - A prostituição e
o crime são, em alguns casos, as únicas saídas encontradas por adolescentes em
situação de insegurança alimentar nos Estados Unidos, segundo pesquisa revelada
nesta segunda-feira pelo think tank americano Urban Institute.
O estudo qualitativo
"Impossible choices", feito em parceria com a ONG Feeding America,
entrevistou 193 adolescentes com idade entre 13 e 18 anos por três anos. Em
todas as dez comunidades incluídas na pesquisa, foram citados casos de meninas
que recorreram ao sexo como meio para obter dinheiro ou comida — fazendo das
adolescentes as mais vulneráveis à exploração sexual.
Frequentemente, esta exploração ganha a forma do
que os pesquisadores chamaram de "transactional dating", algo como
encontros de transação, em que a adolescente faz sexo regularmente com alguém —
muitas vezes um homem bem mais velho — em troca de refeições ou bens materiais.
Ou seja, a prostituição não necessariamente envolve o dinheiro.
Entre os meninos, é
mais comum o apelo a roubos e ao envolvimento com o tráfico de drogas. Em ambos
os sexos, porém, há outras estratégias para combater a fome, como guardar as
refeições escolares para o fim de semana, comer na casa de amigos e familiares
e até ir para a prisão para garantir a alimentação.
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Apesar de não ter
caráter quantitativo, o estudo cita um levantamento feito pelo especialista
Craig Gundersen que estima existirem, nos Estados Unidos, 6,8 milhões de
adolescentes entre 10 e 17 anos com dificuldades para se alimentar
suficientemente.
Em entrevista ao "The Guardian", uma das pesquisadoras, Susan
Popkin, afirmou que as exploração sexual relacionada à fome, entre as
adolescentes, foi uma surpresa. "Eu tenho feito pesquisa em comunidades de
baixa renda por um bom tempo e tenho escrito extensivamente sobre as
experiências de mulheres em comunidades pobres, além do risco da exploração
sexual, mas isto foi novo", disse.
O apelo a estratégias arriscadas, segundo a pesquisa, acontece quando
muitas outras estão esgotadas — as dificuldades em obter emprego têm associação
direta, por exemplo. Há também a ligação com a pobreza familiar, em que os
adolescentes, especialmente os com irmãos pequenos, se sentem responsáveis por
colocar comida na mesa.
O estudo é concluído com recomendações ao governo, cuja atuação, no caso
dos Estados Unidos, estaria focada prioritariamente na insegurança alimentar
entre as crianças mais novas. Entre as sugestões a nível local e nacional, a
curto e a longo prazo, estão o fortalecimento da assistência alimentar pelo
governo e a facilitação do acesso a empregos.
Por O
Globo
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