“Depois de “doar” R$800 mil a Renan, empreiteira
recebeu R$200 milhões”.
É a relação custo benefício. Pelo visto compensa,
e muito. Esta é a regra que tem funcionado nos bastidores da República desde
sempre.
As tais elites que sempre se consideraram donas exclusivas
do país e de suas riquezas, que, em certo sentido, estão certas já que detêm
algo em torno de 91 %. É, o menos ricos – e os outros – ficam com meros 9%.
É fato! Atestam estudos.
Daí chega um governo que resolve mexer nesta equação
histórica. E mexe! Mas, o problema é que a “coisa” tomou gosto e os
beneficiários começaram a achar que tudo tinha mudado.
Acharam tanto que até já se sentiam meio que “donos
da cocada preta”. “Tudo classe média”, tanto é que elegeram maciçamente a turma
ligada aos ‘donos’ do país, nas últimas eleições contra o tal ‘governo do povo’,
e, pasme, até apoiaram nas ruas a deposição da Dilma e com isso a revogação da “tal
revisão histórica”.
Esta, até o tal do Freud ia ter que dar bolas pra cachola
pra tentar explicar. Mas, o fato é que o resultado está aí...
“Depois de “doar” R$800 mil a Renan, empreiteira recebeu R$200 milhões
Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal
Federal (STF) na segunda-feira, dia 12/12, contra o presidente do Congresso
Renan Calheiros (PMDB) o procurador-geral da República Rodrigo Janot aponta que
a empreiteira Serveng, acusada de pagar propina de R$800 mil ao peemedebista
via doações oficiais em 2010, nunca tinha auxiliado o PMDB antes do acerto com
a Diretoria de Abastecimento da Petrobras envolvendo o suposto repasse de
propinas a políticos peemedebistas. Após este acerto, os valores recebidos pela
empresa da estatal subiram mais de 380%.
“Apenas
no ano de participação na primeira licitação e de assinatura do primeiro
contrato de vultos começaram a ocorrer doações dessa pessoa jurídica ao Partido
revelando elementos iniciais que confirmam os depoimentos de que as ‘doações
oficiais’ eram propina paga dissimuladamente”, assinala o procurador-geral da
República na denúncia de 65 páginas.
A
partir de delações premiadas, inclusive do próprio ex-diretor de Abastecimento
Paulo Roberto Costa, levantamentos das movimentações financeiras dos envolvidos
e análises dos contratos da Serveng na Petrobras, a Procuradoria Geral da
República destaca a coincidência entre os acertos da Serveng com políticos e o
aumento exponencial dos contratos da empresa com a Petrobras.
Segundo
levantamento feito pela Procuradoria Geral da República, de 2003 a 2009, em
sete anos, foram registrados pagamentos líquidos da Petrobras às empresas do
grupo Serveng no total de aproximadamente R$51 milhões. De 2010, ano da
primeira doação da Serveng ao PMDB, até 2014, os valores subiram para
aproximadamente R$197 milhões.
“Apenas
em 2010 a empresa obteve em consórcio o contrato da Refinaria Premium I (no
Maranhão), no total bruto devido para si de R$236.999.659,29, e em outro
consórcio o contrato para a construção de unidade de tratamento para a unidade
de operações da Refinaria Duque de Caxias (no Rio), no total bruto devido para
si de R$108.551.097,22. Até então, o maior contrato da Petrobras com a Serveng
era de aproximadamente R$25 milhões”, segue a denúncia.
As
investigações apontaram que a empresa passou a ser convidada para mais
licitações da diretoria de Paulo Roberto Costa após um executivo da Serveng
acertar o suposto repasse de propinas por meio de doações eleitorais ao PMDB.
Na
denúncia, Janot cita doações ao diretório nacional do PMDB que totalizaram R$800
mil e, posteriormente, foram repassadas ao comitê do partido em Alagoas que
abasteceu a campanha de Renan ao Senado, em 2010.
Para
a Procuradoria Geral, os fatos levantados são mais do que mera “coincidência”.
“A assinatura da primeira autorização de serviço e a primeira doação da Serveng
ao Diretório Nacional do PMDB serem no mesmo dia corroboram todo o esquema
criminoso, deixando de ser mera coincidência de datas.”
Além
destas transações que envolvem Renan, o Ministério Público Federal apontou que,
desde 2010, quando começou a fazer doações ao PMDB, a Serveng fez doações
oficiais que totalizaram R$6 milhões ao Diretório Nacional da sigla e a
candidatos do partido.
Apesar
de ser indicação do PP para o cargo, Paulo Roberto Costa passou a contar também
a partir de 2006 com o apoio do PMDB no Senado para se manter na Diretoria de
Abastecimento. Na época, ele havia ficado um tempo afastado da estatal após
pegar malária e pneumonia em uma viagem que fez à Índia.
“Fiquei
lá no morreu ou não morre. [Três gerentes] fizeram ‘n’
contatos políticos, porque tinham grande ideia que eu não ia voltar”, contou.
“Nesse meio tempo, o PMDB do Senado resolveu me apoiar. Tem PMDB do Senado e
tem PMDB da Câmara. Não são o mesmo PMDB”, relatou o ex-diretor em sua delação,
corroborada com os relatos de outros delatores.
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