Em um país em que a renda per capta mensal foi de
1,1 mil reais em 2015, é como se cada magistrado valesse 41 cidadãos.
Daí a falta de cerimônia
com que tratam a ‘coisa publica’ e se imiscuem no poder golpista, aliás, que ajudaram a patrocinar, como se
estivessem em casa, já que é ‘coisa de elite’, de gente diferenciada.
O tal do equilíbrio e
de autonomia entre poderes, um pressuposto em qualquer Democracia, ficam restritos aos anais escritos, apenas.
Instituíram “o poder
contra o povo”, e tratam a tal da Constituição,
até então soberana, como uma leizinha qualquer em que mexem sem cerimônias ao
sabor de ‘suas necessidades’, sendo que o tal povo é um mero detalhe, que é,
por sinal, o pagador das contas.
"'Marajás Brasileiros', juízes ganharam 46 mil mensais em 2015
Mais caro do mundo,
Judiciário extrapola o teto salarial, mas apoia congelar por 20 anos os gastos
sociais.
Os juízes brasileiros vivem em um paraíso. No ano passado,
embolsaram 46,1 mil reais mensais de remuneração, em média. Em um país em que a
renda per capita mensal foi de 1,1 mil reais em 2015, segundo informações do
IBGE, é como se cada magistrado valesse 41 cidadãos.
Os
vencimentos dos 17 mil togados foram conhecidos nesta segunda-feira 17, em uma
radiografia anual do Judiciário divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça,
órgão existente para fiscalizar tribunais. Os servidores à disposição dos
juízes também ganharam bem: salário médio de 11,8 mil mensais em 2015.
Os
contracheques no Judiciário nacional fazem dele o mais caro do planeta. No ano
passado, o poder consumiu 79,2 bilhões de reais dos cofres públicos, o
equivalente a 1,3% das riquezas geradas no período (PIB). Mais do que em 2014 -
apesar de 2015 ter sido um ano de forte recessão econômica -, quando mordera
68,4 bilhões de reais, ou 1,2% do PIB.
Ao
lado dos procuradores de Justiça, os juízes e seus funcionários representam “os
verdadeiros marajás” brasileiros, na opinião do sociólogo Jessé Souza, ex-presidente
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor de ciência
política da Universidade Federal Fluminense.
O
rendimento médio dos magistrados extrapola o valor que, pela legislação,
deveria ser o limite máximo pago no serviço público: 33,7 mil mensais, salário
de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma
lei enviada pelo governo em setembro do ano passado ao Congresso a disciplinar
o teto salarial dos servidores está parada na Câmara, por falta de interesse do
Judiciário e dos deputados, muitos dos quais são investigados pela Justiça.
Se ajuda a brecar a votação do teto salarial, o Judiciário, ao menos na figura de representantes ilustres, saiu em defesa do teto de gastos que o governo Michael Temer quer aprovar pra os próximos vinte anos, congelamento que afetará as verbas da saúde, educação e assistência social.
Na
sexta-feira 14, a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, recebeu em seu
gabinete o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, autor intelectual da
chamada PEC
241, e mostrou simpatia pela proposta. Dias antes, o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, também do STF, mandara ao Congresso
um comunicado de apoio ao congelamento.
Por André
Barrocal - Estudo do CNJ
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