A idéia inicial, pelo visto, era criar factóides que
melassem a supremacia do Lula nas pesquisas às próximas eleições presidenciais em 2018, o que poderia ampliar, e muito, o
jejum, dos velhos donos do Brasil em continuarem a meter a mão nas coisas
públicas, tanto para si mesmos como para cumprirem sua função de ‘paus mandados’,
logo, a serviço de interesses multinacionais, como historicamente sempre foi a prática.
O lance é que ‘pegou’. Ao abrirem a ‘caixa de pandora’ dos ilícitos, vem
sobrando pra todo mundo e até a velha mídia associada e mancomunada historicamente
com os seus malfeitos, não está conseguido dourar a pílula ou esconder a contento,
também graças à internet, que está permitindo pelo menos reduzir a mistificação
e/ou manipulação dos fatos, e o jogo, que parecia tão bom, está melando.
Marina
é um santo, santa, do pau oco que gosta de posar com carinha de que não tem nada
a ver com isso, e que está tentando pegar carona na “crise”, mas, sua vez
chegou.
A abertura de “alfarrábios denunciantes” mostra
suas pegadas, quando vai ter que arrumar outra fantasia para acalentar os
corações e mentes dos trouxas que a vêem como algo palatável politicamente.
Michel
Temer é o típico político brasileiro. Velho, conservador, machista, cínico,
ardiloso, traiçoeiro, desleal e, claro, corrupto. Numa carreira política
abundante em polêmicas e escassa em benefícios para a população, Temer caminha
para encerrar sua vida pública da pior maneira possível: uma ficha suja traidor
da pátria.
Na sua cavalgada para reeditar um
golpe de Estado no Brasil, Temer criou teses que vão desde insanidades risíveis
como a de que Dilma só teria tido tantos votos graças à sua presença na chapa
presidencial até aberrações jurídicas de querer que o STE julgue as contas da
campanha dessa mesma chapa separadamente.
Ladeado por criminosos das mais
variadas categorias, o presidente decorativo segue com o discurso hipócrita de
moralização da política brasileira enquanto mantém-se alheio às inúmeras
denúncias de corrupção envolvendo os principais atores de seu breve governo.
Ele próprio incluso.
No exato paralelo segue Marina Silva.
Desde a sua decepcionante atuação no
ministério do Meio Ambiente no primeiro governo Lula, Marina vem se
notabilizando pelas suas incongruências e pela falta de uma agenda política,
econômica e social minimamente sensata.
Auto-proclamada defensora do meio
ambiente, simplesmente inexistiu na tragédia ambiental da mineradora Samarco.
Até hoje ninguém sabe ao certo a sua posição sobre o assunto nem que medidas
tomaria caso fosse a presidenta da república.
Sobre a recente delação de Léo
Pinheiro, ex-presidente da OAS, que denunciou o recebimento de caixa dois na
sua campanha a presidente na eleição de 2010, limitou-se a dizer que jamais
recebeu recursos ilícitos.
Eis que agora surge um possível elo
entre a Lava Jato, a Operação Turbulência – deflagrada nesta terça (21) pela PF
– e a candidatura de Eduardo Campos a presidente em 2014.
Candidata a vice, Marina ascendeu ao
posto após a trágica morte de Campos na queda do avião que agora assombra na
Operação Turbulência e curiosamente não para de fazer vítimas fatais.
O empresário Paulo César de Barros
Morato, real dono da empresa Câmara & Vasconcelos envolvida na compra do
avião que transportava Campos e Marina durante a campanha, é suspeito de
participar de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria
abastecido não só a campanha de Campos para governador de Pernambuco em 2010
quanto a sua campanha para presidente em 2014.
Na verdade era.
Morato foi encontrado morto na noite
desta quarta (22) em um motel numa das vias que ligam Recife a Olinda. A
Polícia Civil de Pernambuco que investiga a morte não descarta a hipótese de suicídio,
mas todos os cenários são possíveis.
Em mais esse episódio que se encontra
diretamente envolvida, Marina, tal qual Temer, provavelmente irá dizer que nada
tem a ver com possíveis irregularidades na arrecadação de campanha da chapa que
dividia com Campos.
A exemplo de Temer, Marina fala em uma
“nova política” utilizando-se, como já se suspeitava e está sendo revelado
agora, das mais velhas e costumeiras práticas que nos trouxeram a atual ruína
da democracia representativa brasileira.
Marina, como Temer, são expoentes da
verdadeira mazela política que assola nosso país.
Por Carlos Fernandes, no DCM
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