terça-feira, 19 de abril de 2016

Para espírito de vira-latas nenhum botar defeito. Veja a gozação em que se tornou o tal golpe na mídia internacional

E ai, se você defendeu, foi às ruas fantasiado de “Brasil”, apoiou e festejou o sucesso, mesmo que parcial, do tal golpe… 

Pode dar seus três pulinhos de comemoração, como fez a “ilustre” deputada, que fez apologia das qualidades e méritos do próprio marido, prefeito de Montes Claros – alô montesclarinos! – citando-o como modelo de honestidade, de ética, e que foi preso no alvorecer do primeiro dia pós-golpe pela Polícia Federal, por malversação de dinheiro público, vulgo roubo.

Então, depois da tal “festa cívica”, veja o que achou de tudo isso a dita mídia internacional.

"Como previsto, os políticos fizeram do Brasil uma chacota na Europa
Como disse, por óbvio, ainda esta madrugada, o Brasil virou uma piada vergonhosa na imprensa internacional, com o dantesco espetáculo promovido ontem pela mediocridade hipócrita dos golpistas.

Aliás, um delas, a deputada Raquel Muniz não precisou que se passassem 24 horas para ruir estrepitosamente o seu exemplo de que “o Brasil tinha jeito” dando como exemplo o marido, prefeito de Montes Claros, preso hoje cedo por roubar dinheiro da prefeitura para seu hospital. (Veja aqui a matéria na CartaCapital)

Reproduzo, abaixo, um trecho “apanhado” que a Deutsche Welle faz do site da revista alemã Der Spiegel, sobre o circo deprimente assistido ontem no Brasil.

Veja:

Imprensa europeia vê carnaval e “insurreição de hipócritas” na votação do impeachment

Numa análise assinada pelo correspondente Jens Glüsing e intitulada “A insurreição dos hipócritas”, o site da revista Der Spiegel afirma que o Congresso brasileiro mostrou sua “verdadeira cara” e, com o uso de meios “constitucionalmente questionáveis”, colocou o “avariado navio Brasil” numa “robusta rota de direita”.

“A maior parte dos deputados evocou Deus e a família na hora de dar o seu voto. Jair Bolsonaro até mesmo defendeu, com palavras ardentes, um dos piores torturadores da ditadura militar”, escreve o jornalista, que lembra que tanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como o vice-presidente Michel Temer são alvos de investigações por corrupção.

Segundo a revista, os deputados que votaram a favor do impeachment vão cobrar postos no governo de Temer, caso ele assuma a Presidência da República, e que muitos deles esperam que, com a vitória da oposição, as investigações da Operação Lava Jato desapareçam.

O site do semanário alemãoDie Zeit afirma que a votação na Câmara “mais parecia um carnaval” e que uma pessoa desavisada que visse a sessão não poderia ter ideia da gravidade da situação. “Nesse dia decisivo para o destino político da sétima maior economia do mundo, o que se viu foram horas de deputados aos berros, que se abraçavam, tiravam selfies e entoavam canções”, relata o correspondente Thomas Fischermann.

“Nos discursos dos representantes do povo havia tudo o que se possa imaginar: lembranças aos netos, xingamentos contra a educação sexual nas escolas, paz em Jerusalém, elogio a um torturador do antigo governo militar, o jubileu de uma cidade e assim por diante”, afirma o jornal.

Já o diário alemão Süddeutsche Zeitung destaca que “inúmeros parlamentares que impulsionaram o impeachment de Dilma são, eles próprios, alvos de processos por corrupção”. O correspondente Benedikt Peters lembra que o processo contra Rousseff é controverso e é considerado político. “Contra Dilma nenhum ato de corrupção foi comprovado.”

Segundo o jornal britânico The Guardian, um Congresso “hostil e manchado pela corrupção” votou pelo impedimento da presidente. “Uma derrota esmagadora”, afirma o jornal, que também destaca a votação no plenário. “O ponto mais baixo foi quando Jair Bolsonaro, o deputado de extrema direita do Rio de Janeiro, dedicou seu voto a Carlos Brilhante Ustra, o coronel que comandou a tortura do DOI-Codi durante a era ditatorial”, e levou “uma cusparada do deputado de esquerda Jean Wyllys”.

Para o jornal, é “improvável” que Temer também perca suas funções se for provado que ele praticou as chamadas “pedaladas fiscais”, já que tem “forte apoio” da maioria dos deputados.

Por Fernando Brito
 
Não seria uma boa hora para dar uma olhada, mesmo, se o “seu” deputado agiu conforme o figurino esperado por você, e assim possa comemorar, bem como ratificar o seu apoio/voto ao dito cujo?


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