Sem querer ser
preconceituoso ou alimentar sentimentos discriminatórios, não sei se é tão
publico, e notório, assim, que temos 91 parlamentares evangélicos no
Congresso Nacional – e com forte tendência de crescimento, segundo o DIAP –
além de 3 senadores, pastores, inclusive o “religioso mor” o tal do cunha e
seu catecismo de bom mocismo e praticas piedosas, dentre os 513 deputados da
casa.
É bom? Existem
controvérsias. A avaliar por manifestações abertas, explícitas, de suas
lideranças maiores… Tenho cá minhas dúvidas.
Sabe-se que patrocinam
projetos de lei que são verdadeiros atentados, verdadeiros retrocessos na luta
pelos direitos, sobretudo de minorias, minorias estas que segundo dizem – eles,
é claro! – terem saído direto da casa do “rabudo”, como vai ver no artigo
abaixo, nas “ideias”, e voz, de uma de suas lideranças maiores.
O fechamento de questão
contra a Dilma por essa bancada de “deus”, liderada pelo seu representante
maior o “santo cunha”, está, também, posta em função dela, a Dilma, ser
identificada, com suas lutas e realizações em favor de minorias históricas,
inclusive a “minoria” dos pobres e miseráveis, ser um atentado à “vontade de
deus”, segundo pregam seus diletos representantes, como o cunha…Só pra lembrar!
Relembrando.
"Deputado-pastor
que odeia negros e gays no comando dos Direitos Humanos?
A imagem abaixo é de
Marco Feliciano, o pastor-deputado que ganhou destaque no Congresso por frases
como “Aids é um câncer gay”, “Negro é negro e não pode mudar, diferente dos
homossexuais” e “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”.
Todos que já se
mobilizaram para colher assinaturas em tantas outras causas das mais diversas
não devem agora permitir que alguém reconhecido pela intolerância presida uma
Comissão tão importante como a de Direitos Humanos. Assine aqui a petição que exige a
imediata destituição do Pr. Marco Feliciano da Presidência da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara Federal.
deputado Marcos
Feliciano (PSC-SP), que já classificou os africanos como “descendentes
amaldiçoados de Noé”, avisa: “Nunca me passou pela cabeça presidir a Comissão
de Direitos Humanos, mas agora com tanto ataque, deu até vontade (sic)”.
A vontade manifestada
no Twitter pelo deputado, escritor, cantor e apresentador de tevê é resultado
de uma avalanche de críticas sofridas desde que o seu Partido Social Cristão
foi escolhido para comandar a comissão responsável pela defesa das minorias na
Câmara. A bancada do partido tem hoje 16 deputados. Feliciano, declaradamente
contrário a bandeiras como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é o
favorito para assumir a liderança do grupo.
A escolha do PSC para a
comissão causou arrepios nos grupos de defesa dos direitos humanos. As críticas
são lideradas até aqui pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da
bandeira gay no Congresso que viu a escolha como uma forma de “barrar a
extensão da cidadania plena às minorias”. “O PT ter aberto mão da CDHM é
sintoma de um pendor do partido para o conservadorismo e a manutenção de poder
que é irreversível”, escreveu.
A ojeriza parece
justificada. Em setembro, Wyllys manifestou repúdio, em artigo publicado no
site Brasil 247, a um discurso feito pelo deputado/pastor em um
congresso evangélico no qual se referia à Aids como “câncer gay”. O deputado do PSOL
classificou a fala como “um alarde da desonestidade intelectual e injúria
contra os homossexuais”. E apresentou números, baseados em estudos da ONU, para
mostrar que a associação entre a doença e a orientação sexual tinha base na
ignorância, mas não na realidade.
A resposta de
Feliciano, hoje cotado para representar as minorias acusadas por ele de
espalhar as doenças sexualmente transmissíveis, foi uma pérola. Em seu site,
ele escreveu, com o apuro digno de uma criança de doze anos, que, dentro da
igreja, tinha assegurada pela Constituição a total liberdade de manifestação.
Sentado nessa total
liberdade, insistiu: “A própria ciência revela o predomínio de infecção por
esta doença em pessoas manifestamente homossexuais, tanto é verdade que quando
se doa sangue na entrevista se for declinada a condição de homossexual essa doação
é recusada”.
Número que é bom, nada.
(Obviamente, não faltou ao deputado a menção de que não tinha “nada contra” os
homossexuais. Explicou, dessa maneira, que a Bíblia ensina a amar o pecador e
não o pecado).
Após ter seu nome
citado como possível líder das minorias na Câmara, o deputado declarou ao site
do jornal O Estado de S.Paulo, na quinta-feira 28, que a comissão se tornou um
espaço de defesa de “privilégios” de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais.
“Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele
o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais
sofreu até hoje na Terra”. Pouco depois, voltou ao Twitter para dizer: “Fui
obrigado a dar Block’s em alguns arruaceiros. Turminha desbocada viu? Faça algo
q contrarie os GLBTs e esteja pronto pra ser massacrado”.
O deputado talvez
entenda de perseguição, mas parece não ter ideia do que seja privilégio. No
mundo ideal, sua incitação ao ódio seria bem acomodada em outro grupo: a
Comissão das Trevas e Valores Medievais.
Matheus
Pichonelli, CartaCapital. Com Pragmatismo Politico
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