quarta-feira, 20 de abril de 2016

Mídia internacional botou o dedo na ferida. Bando de palhaços fantasiados de deputados tentam dar golpe

E aí, já mandou um e-mail/telefonema parabenizando (ou, quem sabe, repreendendo) o seu palhaço… Ops!, desculpe, o seu deputado, por sua atuação na baixaria que foi a tentativa de golpe?

Enquanto a mídia local ensaia algo que não sabe fazer, tentando mostrar uma cara de isenção e equilíbrio, de alguma compostura, como se diz, com matérias de última hora como se fossem efetivamente jornais, uma mídia minimamente decente, forçados, também, pela reação da mídia internacional, os jornais de fora “colocam os pingos nos ís” e desnudam a pouca-vergonha que foi esta tentativa de romper com um processo democrático, ou melhor de fazer um golpe em plena luz do dia e em meio a uma grande festa de imbecis.
Veja: Para espírito de vira-latas nenhum botar defeito. Veja a gozação em que se tornou o tal golpe na mídia internacional
Esse jornal irlandês avaliou muito bem o que se passou naquela casa, vulgo a casa do povo, uma baixaria, não só pelo ato em si, o golpe, mas, também, na forma, com um monte de adolescentes alcoolizados brincado de dar o golpe, liderados pelo inqualificável – já esgotei meu acervo de adjetivos desqualificativos – o cunha.
"Deputados se comportaram como 'torcedores bêbados em um estádio de futebol', diz 'Irish Times'
Jornal irlandês classificou parlamentares em votação sobre impeachment como 'palhaços' e disse ser 'difícil não simpatizar com apoiadores da presidente'

O jornal irlandês Irish Times publicou nesta segunda-feira (18/04) um artigo sobre a votação da Câmara dos Deputados sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em que classifica os parlamentares de “palhaços” que se comportaram “com o decoro de torcedores bêbados em um estádio de futebol”.

Resgatando algumas reações negativas da opinião pública após a eleição de Tiririca como deputado pelo PR-SP em 2010, o correspondente do jornal no Brasil, Tom Hennigan, escreve que "Tiririca não só se encaixa muito bem [na Câmara] como está longe de ser o maior palhaço" na política brasileira.

Segundo o Irish Times, “na mais importante sessão da legislatura nos últimos 25 anos, muitos de seus membros se comportaram com o decoro de torcedores bêbados em um estádio de futebol durante um clássico local”.

Houve “horas de discursos mal feitos por líderes de partidos que foram vastamente ignorados pela maioria dos deputados, que passaram horas zanzando pelas bancadas, batendo papo e tirando selfies com familiares e apoiadores convidados à Câmara”, segue o jornal irlandês.

O Irish Times também comentou as dedicatórias estapafúrdias dos deputados ao votarem a favor do seguimento do processo de impeachment da presidente brasileira, assim como a cuspida de Jean Wyllys (Psol-RJ) após as ofensas homofóbicas de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), e a homenagem deste último ao coronel Carlos Brilhante Ustra, “um dos mais temidos torturadores da ditadura militar” brasileira, classifica o jornal.

“À medida que a sessão se arrastava noite adentro e a derrota de Rousseff se demonstrava cada vez mais provável, era difícil não simpatizar com os apoiadores da presidente quando eles denunciavam a ‘farsa’ em curso. Votar no Eurovision [festival musical europeu] pareceu digno em comparação”, escreveu o correspondente. “O mundo está olhando e o que vê é um espetáculo de circo”, lamentou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) ao Irish Times.

O jornal também destacou “a falta de senso de ironia” dos deputados que votaram a favor do impeachment e acusaram Dilma e o PT de corrupção, “considerando que pelo menos 299 dos 514 membros da Câmara estão sendo investigados”.

Para o jornal irlandês, “a aranha no centro da teia de domingo” é Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente da Câmara “lançou o processo de impeachment em vingança pelo PT não tê-lo protegido após ele ter sido pego na mentira sobre os milhões de dólares enviados para a Suíça e supostamente roubados da Petrobras”, diz o Irish Times.

O jornal afirma que muitos brasileiros têm esperança de que o impedimento de Dilma possa ajudar a tirar o país da atual crise política e econômica, mas que “talvez o impeachment apenas aprofunde a lama moral em que a vida pública brasileira está afundando”.

No opera mundi

                  Em tempo. Depois do que vi nesse domingo fatídico, a cena dantesca da votação comemoração do golpe, não só a aprovação do golpe em si, mas a forma, cá com meus botões eu fiquei meio apreensivo com o que pode acontecer, continuar acontecendo, com aquele bando de imbecis decidindo sobre os destinos do país e da população como um todo.

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