terça-feira, 5 de abril de 2016

Globo tenta disfarçar o discurso depois de tachada de golpista por mídia internacional

Os golpistas locais, não os mandões e caciques – tanto internos como externos –, mas o vulgarmente chamado de coxinha, aquele que não percebe que faz papel de “bobo alegre”, que vive soltando basofias por aí, repetindo clichês e palavras de ordem feitas sabe-se lá onde, como um papagaio, sem ter noção do que fala e faz.

Vive posando de “cidadão consciente”, de direita esclarecida, se é que exista coisa do gênero, mas não desconfia que só sentiria o “pau da bandeira” depois, em caso de golpe, já que adoram se vestir com o 'pano' e as cores nacionais como se fossem privilégios seus.

É a doce ilusão de que pode ter um “brazilzinho” só pra eles, sem noção de que ajuda certa elite – antiga proprietária do país – a tentar retomar “seus bens e privilégios”, relativizados pelos governo Lula/Dilma e que ameaça deserdá-los ainda mais e continuar e aprofundar, quem sabe de maneira irreversível, em 2018.
"Chamada de golpista por jornais estrangeiros, Globo tenta mudar discurso
Denunciada por mais uma vez patrocinar um golpe de estado no Brasil, a Globo tenta reescrever seus capítulos recentes para escapar do julgamento da história e da opinião pública internacional – tarefa inglória.

No site Carta de Campinas, há uma coletânea de jornais e revistas estrangeiras que tem afirmado claramente o papel preponderante do Grupo Globo em mais esta ação antidemocrática. No Jornal Nacional desta quinta-feira, pela primeira vez, a Globo recuou. Espera, com isso, ver o golpe ser sacramento sem sua cooperação direta. Como se o golpismo já estivesse ladeira abaixo.

Após uma repercussão negativa na imprensa internacional, que em grande número de veículos vê a democracia brasileira ameaçada por um golpe parlamentar, o Jornal da Globo e o Jornal Nacional exibiram uma mesma reportagem, pela primeira vez, na defensiva em relação ao processo de impeachment.

Esta semana publicações como o Der Spiegel (Alemanha), BBC (Inglaterra), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12(Argentina) e até mesmo a rede de televisão Al-Jazeera, entre outras, denunciaram a ameaça contra a democracia brasileira.

Mesmo no Brasil vem crescendo o entendimento de que o processo conduzido por Eduardo Cunha (PMDB/RJ) com o apoio do DEM e PSDB, partidos cada dia mais atolados em esquemas de corrupção, é um golpe parlamentar. Esta semana, o ex-ministro dos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira disse que considera o processo de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff um “golpe branco”. Segundo ele, a crise atual repete as que antecederam as quedas dos ex-presidentes Getúlio Vargas e de João Goulart.

Para combater o crescimento desse entendimento, a reportagem do Jornal Nacional tentou justificar o impeachment deturpando o discurso dos que consideram o atual impeachment como um golpe.

A reportagem da Globo afirmava que a presidente Dilma Rousseff ou qualquer pessoal que compara o atual impeachment como golpe estava se referindo à prerrogativa constitucional do impeachment e não ao processo originado nas “pedaladas fiscais” e promovido por parlamentares acusados de corrupção e da própria base governista.

Daí, sem qualquer constrangimento, a Globo entrevistou o ministro do Supremo, Dias Toffoli, perguntando: o impeachment é golpe? O ministro, obviamente, respondeu que impeachment está previsto na Constituição.

Assim também fizeram com relação à ministra Cármen Lúcia, também do Supremo. Ela respondeu corrigindo o repórter que havia afirmado que Dilma Rousseff disse que impeachment é golpe. “Eu tenho certeza que a presidente deve ter dito que, é que se não se cumprir a Constituição, poderia haver algum desdobramento. O que não pode acontecer, de jeito nenhum, é um impeachment sem a observância das regras constitucionais”.

Traduzindo: se a Constituição for desrespeitada, e esse é o entendimento, impeachment é golpe. Leia a reportagem. Leia alguns links de notícias internacionais:
1) A justiça partidária e o limiar do golpe no Brasil – Público – Portugal
2) Golpe frio no Brasil – Der Spiegel – Alemanha
3) Juiz Moro pode ter ido longe demais – The Economist – Inglaterra
4) Juízes justiceiros que sonham com Watergate – El País – Espanha
5) Dilma Rousseff’s Watergate – Al Jazeera – Emirados Arábes
6) O Brasil perante o abismo – El País – Espanha
7) Os deslizes do juiz Sérgio Moro – The Huffington Post – Estados Unidos
Via Conexão Jornalismo

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