Todos que acompanham
as falas do papa Francisco e notadamente nestas suas 2 últimas
viagens – para Cuba e para o México – devem ter percebido ou
ouviram-no declarar claramente sua posição contra o capitalismo,
e vimos como o mesmo nos pede o dever de lutarmos contra este sistema
econômico que está destruindo o planeta e a todos nós.
Vimos, também,
docemente, “nas entrelinhas”, sua atitude de apoio às formas de
governo que não se alinham ao capitalismo.
Sua viagem a Cuba
antes de sua ida aos EUA é emblemática, com o seu cumprimento
oficial a Fidel Castro em seu primeiro discurso em solo cubano,
quando, também, relembrou que o Vaticano e Cuba nunca romperam
relações.
Tivemos o seu
encontro pessoal com o Fidel, além da escolha de Cuba para a
assinatura histórica do entendimento com a Igreja Ortodoxa Russa.
Suas falas,
portanto, não deixam dúvidas de sua abominação pelos princípios,
métodos e valores do capitalismo.
Não que ele seja
comunista, como poderia parecer à primeira vista, sobretudo porque
este conceito hoje é muito diferente do que se compreendia como
comunismo em seus primórdios no século XX.
Como um católico ou
um cristão pode pensar em sair às ruas e apoiar ideias e movimentos
que querem um retorno do país a um sistema de governo claramente de
direita, que se apoia nos pilares e valores básicos do capitalismo?
Seria o retrocesso
puro e simples a situações econômicas e sociais já superadas nos
últimos governos, que trouxeram à luz do dia a vida de mais de 50
milhões de brasileiros, que não existiam de fato como sujeitos
econômicos e nem tampouco como cidadãos.
Esta é uma luta que
transcende a questão puramente partidária, daí termos que apoiar
governos que estejam comprometidos com esta luta de reabilitação –
ratificação de conquistas, relativamente recentes – dessa grande
parcela da população brasileira, garantindo-lhes as condições de
assumirem de vez a sua condição humana básica como cidadãos
brasileiros plenos, que são de fato.
Logo, apoiar o
governo Dilma é garantir a lisura do processo democrático contra
qualquer tentativa de romper as regras tão duramente conquistadas
pelo Brasil. A democracia não é algo pronto e acabado, mas
um processo que se faz e se ratifica no cotidiano, graças à
vigilância e ao apoio da população como um todo.
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