sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Aos católicos, cristãos e/ou simpatizantes do Papa Francisco

Todos que acompanham as falas do papa Francisco e notadamente nestas suas 2 últimas viagens – para Cuba e para o México – devem ter percebido ou ouviram-no declarar claramente sua posição contra o capitalismo, e vimos como o mesmo nos pede o dever de lutarmos contra este sistema econômico que está destruindo o planeta e a todos nós.

Vimos, também, docemente, “nas entrelinhas”, sua atitude de apoio às formas de governo que não se alinham ao capitalismo.

Sua viagem a Cuba antes de sua ida aos EUA é emblemática, com o seu cumprimento oficial a Fidel Castro em seu primeiro discurso em solo cubano, quando, também, relembrou que o Vaticano e Cuba nunca romperam relações.

Tivemos o seu encontro pessoal com o Fidel, além da escolha de Cuba para a assinatura histórica do entendimento com a Igreja Ortodoxa Russa.

Suas falas, portanto, não deixam dúvidas de sua abominação pelos princípios, métodos e valores do capitalismo.

Não que ele seja comunista, como poderia parecer à primeira vista, sobretudo porque este conceito hoje é muito diferente do que se compreendia como comunismo em seus primórdios no século XX.

Como um católico ou um cristão pode pensar em sair às ruas e apoiar ideias e movimentos que querem um retorno do país a um sistema de governo claramente de direita, que se apoia nos pilares e valores básicos do capitalismo?

Seria o retrocesso puro e simples a situações econômicas e sociais já superadas nos últimos governos, que trouxeram à luz do dia a vida de mais de 50 milhões de brasileiros, que não existiam de fato como sujeitos econômicos e nem tampouco como cidadãos.

Esta é uma luta que transcende a questão puramente partidária, daí termos que apoiar governos que estejam comprometidos com esta luta de reabilitação – ratificação de conquistas, relativamente recentes – dessa grande parcela da população brasileira, garantindo-lhes as condições de assumirem de vez a sua condição humana básica como cidadãos brasileiros plenos, que são de fato.

Logo, apoiar o governo Dilma é garantir a lisura do processo democrático contra qualquer tentativa de romper as regras tão duramente conquistadas pelo Brasil. A democracia não é algo pronto e acabado, mas um processo que se faz e se ratifica no cotidiano, graças à vigilância e ao apoio da população como um todo.

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