Além
da óbvia imprevidência dos governos do psdb
nestes 25 anos de controle do Estado na prevenção de situações de estiagem, muito
previamente sabido por estudiosos, existe, também, a baixa qualidade no trato
com a água, em que pese a cara ‘moderna’
de empresa ‘privatizada’, onde o desperdício de água no processo vai muito além
do racionalmente previsto ou permitido. No caso 30% quando o índice técnico e
racional admitido seria de 10%.
Este
índice mostra a incompetência e o descaso com um bem e/ou serviço tão vital para
a população, já que, foi quem ficou com o ônus do desgoverno e descaso, pois as
empresas que têm “Contratos Premium” tem descontos de até 75% na tarifa,
(veja aqui)
caso consumam cada vez mais água ou que o façam em excesso, ao passo que o consumidor
comum arca com multas e até ameaças de corte no fornecimento. Pode?
Este
é o “seu” governador, e partido, em que apostou suas fichas para um Estado de
São Paulo melhor, mais tranquilo e seguro para se viver?
É isso
aí!
"Com
queda dos reservatórios e poucas chuvas, crise hídrica deve perdurar em SP
Com queda no nível dos
reservatórios e poucas chuvas, a região metropolitana de São Paulo deve
continuar a enfrentar grave crise no abastecimento de água.
O Sistema
Cantareira opera na reserva técnica, e tem armazenados 12,3% da capacidade
total das represas. São necessários 131,4 bilhões de litros de água para o
sistema voltar ao índice positivo. Em 26 de julho, o sistema tinha 10,4% de
déficit. Em um ano, o Cantareira perdeu 85,14 bilhões de litros de água, queda
de 6,7 pontos percentuais em relação ao volume total. Outro sistema importante,
o Alto Tietê, também opera em níveis baixos, apenas 14,4% da capacidade. Há um
mês, esses reservatórios tinham armazenados 18,5% da capacidade.
Diante desse cenário e caso os
reservatórios se esgotem, a redução mais severa do abastecimento de água se
torna urgente, na opinião do professor de Ciências Ambientais da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), Décio Semensatto.
Para ele, a situação poderia
ter sido evitada com a adoção de medidas estruturais. “Da água que sai do
reservatório até chegar na torneira, cerca de 30% se perde na distribuição.
Perdas na distribuição são aceitáveis, fazem parte do sistema. Mas, em países
com o mesmo nível de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, esse
nível de perdas está em torno de 10%”, citou.
“A gente chegou agora ao final de
agosto, praticamente no pico da estação seca. A gente tem ainda entre 45 dias e
60 dias para passar com seca. E a gente tem menos água do que tinha no ano
passado. Talvez a gente não esgote todos os reservatórios neste ano, pois por
determinação do Daee [Departamento de Águas e Energia Elétrica], a saída de
água foi bastante reduzida e a gente está consumindo menos, por meio de
racionamento”, disse o professor.
A Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reduziu a pressão do abastecimento. Com
isso, os consumidores recebem água por algumas horas do dia, e redistribuiu a
demanda entre os sistemas. Antes da crise, os reservatórios do Cantareira eram
usados para atender mais de 9 milhões de pessoas, atualmente pouco mais de 5
milhões. Ganharam importância os sistemas do Alto Tietê e Guarapiranga, que
juntos fornecem água para mais de 10 milhões de habitantes.
Na região das bacias dos rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a situação também é grave, de acordo com
o coordenador de Projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad. “A situação
continua crítica. Estamos em um grau de criticidade bastante grande, visto que
os rios estão com baixas vazões, o índice pluviométrico está baixo”, ressaltou
sobre os mananciais que fornecem água para 5 milhões de pessoas em 62
municípios. Desses, 58 estão no interior paulista e quatro em Minas Gerais.
Na avaliação do técnico, a
crise hídrica deve durar pelo menos mais um ano. “Não há uma grande perspectiva
de melhora. Segundo os institutos de meteorologia, a situação de poucas chuvas
deve continuar por mais um ou dois anos”, acrescentou.
Para lidar com o problema, Saad
defende tanto ações individuais, como os consumidores captarem água da chuva, e
iniciativas do Poder Público, como o desassoreamento de rios e novas barragens.
“Pequenas ações, bem distribuídas, vão dar bons resultados para a bacia de
forma geral”, destacou o coordenador.
Por Daniel Mello, da Agência Brasil
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