A
Folha na figura de seu ‘dono’, o Frias, é coerente com esta minimização do
delito real do ex-governador de Minas, Aécio, legislando em causa própria e
colocando um bem público a seu serviço particular, que, com certeza, não tinha qualquer
relação com alguma hipotética ação governamental.
Pelo visto
o dito cujo, o Aécio, nunca se mudou, de fato, das plagas cariocas, embora, é lógico,
tenha mantido o seu domicilio eleitoral em Minas, por uma questão pratica, é óbvio.
A sua
semana, ou melhor o seu fim de semana, praieiro, no ‘goró’, inclusive, o que ilustra a
multa por dirigir embriagado e com carteira vencida, atesta que o seu governo,
se é que possa me expressar assim, foi de, no duro, dois dias na semana, já que
voltando na segunda, provavelmente, e indo embora na quinta, é o que sobra da
semana para o seu exercício como governador do Estado de Minas.
A Folha,
honrando os seus prováveis proventos psdbistas – os tempos andam bicudos para a
mídia em geral – se saiu com esta, onde, de lambuja, ainda dá um conotação principesca
ao 'direito' do áecio no
uso da coisa pública ao compará-lo a um príncipe inglês e futuro rei, diga-se
de passagem!
"Folha ironiza os voos de aécio em avião oficial
O
jornal ‘Folha de S. Paulo’ ironiza as 124 viagens do tucano Aécio Neves em
avião oficial. A publicação de Otavio Frias compara o caso às escapadas do que
seria o futuro Edward 7º, rei da Inglaterra entre 1901 e 1910. Leia o
editorial:
Oscilando entre a vulgaridade
confessa e a sugestão picante, uma copiosa literatura de entretenimento se
produz na Grã-Bretanha em torno da vida íntima da casa real; Embora feitas em
avião oficial, o fato é que não se registraram justificativas de Estado para
tanta movimentação. Decreto assinado pelo próprio Aécio Neves permitiu seu
acesso a aeronaves públicas em deslocamentos pessoais, "por questões de
segurança".
Não será fora de propósito, em
todo caso, invocar o antigo mote da mais alta condecoração britânica, a Ordem
da Jarreteira: "honni soit qui mal y pense". Abominado seja quem
pensar mal de tudo isso. Os ingleses entendem do assunto.
A curiosidade e a titilação não
se limitam aos atuais herdeiros do trono – estando a rainha Elizabeth 2ª, pelo
que se sabe, acima de pecadilhos mundanos –, mas também a figuras do passado.
Um típico exemplar do gênero,
de autoria de Stephen Clarke, dedicou-se recentemente às não muito discretas
escapadas daquele que seria o futuro Edward 7º, rei da Inglaterra entre 1901 e
1910.
Submetido ao controle rigoroso
de sua mãe, a rainha Vitória, o jovem Albert Edward encontrou maneiras de
entregar-se a movimentados, e não propriamente discretos, lazeres em Paris.
A crônica histórica tende a
tratá-lo, hoje, com falaciosa indulgência – a que se pode acrescentar uma dose
de diplomacia, uma pitada de geopolítica. As sendas de uma produtiva
"entente" entre França e Inglaterra puderam abrir-se, em parte,
graças à desenvoltura do membro da realeza nos estabelecimentos alegres da
cidade luz.
As relações entre Minas Gerais
e o Rio de Janeiro, sem dúvida, não se mostram tão tensas como as que marcaram
França e Reino Unido ao longo da história. No papel de governador de Minas, e
de herdeiro reluzente nas ordens do tucanato, o atual senador Aécio Neves
aprimorou com garbo, mesmo assim, os contatos interestaduais.
Foram 124 viagens suas ao Rio
de Janeiro, nos sete anos e três meses em que foi governador (2003-2010), a
maioria delas entre quinta-feira e domingo. Partissem os voos do aeroporto de
Cláudio, ao menos Aécio teria tirado aquela obra, construída com dinheiro
público em terras familiares, do triste abandono em que se encontra.
Embora feitas em avião oficial,
o fato é que não se registraram justificativas de Estado para tanta
movimentação. Decreto assinado pelo próprio Aécio Neves permitiu seu acesso a
aeronaves públicas em deslocamentos pessoais, "por questões de segurança".
Não será fora de propósito, em
todo caso, invocar o antigo mote da mais alta condecoração britânica, a Ordem
da Jarreteira: "honni soit qui mal y pense". Abominado seja quem
pensar mal de tudo isso. Os ingleses entendem do assunto.
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