quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CIA e Polícia Federal. O que teriam a ver com este imbróglio investigativo todo no Brasil

Esta entrevista com o historiador e escritor Moniz Bandeira, autor dos livros: ‘“A segunda guerra fria”, “Presença dos Estados Unidos no Brasil”, entre dezenas de outras publicações relevantes”’, ilustra o pano de fundo onde se desenvolve todo este recheio da mídia hoje em torno do combate à corrupção e às pressões contra o governo Dilma, suas vinculações com interesses hegemônicos externos – leia-se EUA – e o que efetivamente está em jogo neste imbróglio todo.

 “CF – O Brasil quebrou três vezes com FHC, as notas das agências de rating na época do governo tucano, inclusive as dadas pela S&P´s, eram bem mais baixas do que as dada hoje ao governo Dilma. Mesmo assim a mídia brasileira coloca o Brasil numa situação de país que estaria à beira de um abismo, embora tenha US$ 370 bilhões em reservas e seja hoje o 4º maior credor dos EUA. Como o senhor analisa esse quadro?”

Confira, vale á pena!

A entrevista de Cesar Fonseca (CF) com Moniz Bandeira (MB)

CF – A agência Standard & Poor´s rebaixou o grau de investimento do Brasil. O que o senhor poderia falar sobre isso?
   
   MB – O rebaixamento não pode surpreender. Já estava previsto. O que ocorre no Brasil e contra o Brasil é uma campanha de interesses econômicos estrangeiros, devido a vários fatores, entre outras coisas, sua inserção no banco do BRICS, com a Rússia e a China, associada aos interesses políticos domésticos, de uma oposição sem ética, sem compostura, servindo aos interesses antinacionais.

CF – Essas agências de ”risco” estavam envolvidas, nos EUA, em escândalos que levaram à crise 2008 . A própria S&P´s foi condenada recentemente a pagar multa de US 1, 37 bilhão por seus envolvimentos com os escândalos de Wall Street em 2008. Tem moral para fazer avaliação de uma economia com a brasileira?

    MB – As agências de risco pertencem aos bancos de investimentos dos Estados Unidos e seus critérios são mais políticos que econômicos. Estão a serviço de especuladores, subordinadas aos interesses econômicos e políticos de Washington e de Wall Street. Tanto isto é certo que, quando houve a reincorporação da Crimeia pela Rússia, logo ocorreu o rebaixamento da nota da Rússia. Isto não significa que não haja no Brasil uma crise econômica, porém ela muito mais agravada pela crise política e institucional, que abrange e envolve a Justiça e o Congresso.

Leia entrevista completa, aqui.

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