Então, esta é a ação ‘pós-moderna’ da empresa. É
fruto do esforço “civilizador” do governo
Alckmin, quando vendeu – provavelmente a preço da banana, como manda o
figurino psdbista – a Sabesp em seu
esforço para servir bem aos seus patrões que têm endereço fora das fronteiras
nacionais, provavelmente, e, como é de praxe, levando o seu por fora.
E você ai, paulista, continue “apertando suas
torneiras” para não ser multado por ‘excesso’ de consumo, pois as novas “donas”
da empresa preferem os excessos de consumo das empresas – que até recebem
prêmios por excesso de consumo – já que sua economia em casa garante isso, o
“benefício”.
Só para lembrar: nas próximas eleições, renove seu
voto civilizador no psdb. São Paulo
agradece!
"Responsável pelo projeto de despoluição do rio, a própria Sabesp joga esgoto sem tratamento em seu leito.
Um rio
de esgoto atravessa a região metropolitana de São Paulo. Grande parte dos
dejetos do polo urbano que concentra a maior riqueza do Brasil vai parar no Tietê, o que transformou o maior
curso de água do estado em um canal fedorento de aspecto sujo. Quem chega a São
Paulo pelo
aeroporto de Guarulhos ou pela rodoviária do Tietê é recebido pelo odor
desagradável desse anti-cartão postal. Não raro, motoristas da marginal Tietê
levantam as janelas para tentar conter o mau cheiro. O odor é o sintoma mais
perceptível de que algo está errado com o rio. E, ao contrário do que se pensa,
a culpa não é só das moradias improvisadas e sem saneamento básico. A Pública
visitou sete bairros e verificou que o despejo de esgoto sem tratamento vem
tanto de barracos quanto de mansões.
Desde
1992, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) administra o Projeto Tietê,
cujo objetivo é ampliar a coleta e o tratamento de esgoto na Grande São Paulo
e, consequentemente, despoluir o rio. A conta do projeto não é exata, mas pelo
menos US$ 3,6 bilhões já foram direcionados para as obras.
O
problema é que a própria Sabesp é uma das grandes responsáveis pela poluição
das águas. A Pública descobriu que em vários pontos da capital a empresa capta
o esgoto das casas e o joga sem tratamento nos rios, córregos e represas que
compõem a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, cujo perímetro coincide com os
limites da Grande São Paulo – onde vivem 20,2 milhões de pessoas. A prática
configura crime ambiental segundo o Artigo 208 da Constituição
Estadual.
A
empresa foi denunciada pelo Ministério Público em outubro de 2012, e, ao
contrário das águas do rio, a peça de acusação é cristalina: “Ocorre que a
SABESP vem, desde sua criação, direta e ininterruptamente, em maior ou menor
escala, lançando nos corpos d’água os esgotos sanitários in natura coletados
nessas cidades, isto é, sem nenhum tipo de tratamento, provocando poluição
hídrica não só na bacia hidrográfica do Alto Tietê onde estão inseridos os
municípios, mas também nos reservatórios Billings e Guarapiranga, com vultosos
prejuízos ao meio ambiente e à sociedade”, relata então o promotor de Justiça
do Meio
Ambiente José
Eduardo Ismael Lutti.
O
texto aponta também o município, o estado de São Paulo e o Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), que financia o projeto de despoluição, como
corresponsáveis pela prática ilegal. Na ação, o Ministério Público exige que
até 2018 os réus parem progressivamente de lançar esgoto sem tratamento nos
corpos d’água e realizem todas as obras necessárias à universalização do
serviço de coleta e tratamento de esgoto.
Continue lendo, aqui.
.
Por Giulia Afiune e Jessica Mota, na Carta Capital
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