E
pensar que tantas mulheres votaram em “coisas” assim, mas, é como diria o
“outro”, são aspectos da democracia. E é verdade! Na democracia, por mais
esdrúxula que sejam as ideias, todas têm, em princípio, o direito de se
manifestar e/ou defender, o lance é apostar no voto do bom senso, e no mínimo
de racionalidade, para que o melhor para a maioria, pelo menos em tese, se
faça, prevaleça.
"Jair Bolsonaro diz que mulher deve ganhar salário menor porque engravida
A atriz
americana Patrícia Arquette, que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante,
aproveitou seu discurso para defender maiores salários para as trabalhadoras e
emocionou o público. Em entrevista recente, o deputado declarou que a igualdade
não é justa: “Quando ela voltar [da licença-maternidade] vai ter mais um mês de
férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”.
Quando
subiu ao palco para receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel
em Boyhood, na noite do último domingo (22), a atriz Patricia Arquette fez um
discurso que rendeu aplausos calorosos, principalmente da parte feminina da
plateia — composta por estrelas como Meryl Streep e Jennifer Lopez.
“[Dedico]
a toda mulher que já deu à luz, todo cidadão que paga impostos, nós lutamos
pelos direitos de todo mundo. É nossa vez de ter salários igualitários para
todos e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”, declarou a
americana.
Na
contramão, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu uma entrevista recente
ao jornal gaúcho Zero
Hora, dizendo que pensa diferente. Para ele, eleito com o maior
número de votos nas últimas eleições, não é justo a mulher ganhar igual ao
homem, já que ela engravida.
“Eu
sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega
30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito
por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no
Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos
direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário
pensa? “Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis
meses de licença-maternidade…” Bonito pra c…, pra c…! Quem que vai pagar a
conta? O empregador. No final, ele abate no INSS, mas quebrou o ritmo de
trabalho. Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela
trabalhou cinco meses em um ano”, disse Bolsonaro.
Em
resposta ao jornalista, que perguntou qual seria a solução, o deputado
continuou: “Por isso que o cara paga menos para a mulher! É muito fácil eu, que
sou empregado, falar que é injusto, que tem que pagar salário igual. Só que o
cara que está produzindo, com todos os encargos trabalhistas, perde
produtividade. O produto dele vai ser posto mais caro na rua, ele vai ser
quebrado pelo cara da esquina. Eu sou um liberal, se eu quero empregar você na
minha empresa ganhando R$ 2 mil por mês e a Dona Maria ganhando R$ 1,5 mil, se
a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! O patrão sou
eu”.
“Mas
aí a mulher se ferra porque engravida?”, questionou o entrevistador. “É
liberdade, pô. A mulher competente… Ou você quer dar cota para mulher? Eu não
quero ser carrasco das mulheres, mas, pô… “, finalizou.
Igualdade
de gêneros no Brasil
Anualmente,
o Fórum Econômico Mundial divulga um ranking que compara a igualdade de gêneros
entre os países. Para elaborar a lista, os pesquisadores avaliam diversos
itens, entre eles, a equiparação dos salários. Em 2014, o Brasil ficou com a
71ª colocação, caindo nove posições em relação a 2013, quando estava na 62ª. De
acordo com o relatório, o país apresentou uma “ligeira queda na igualdade
salarial e renda média estimada” para o sexo feminino.
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