As
manifestações contra a presidente Dilma no último domingo ganharam a atenção da
imprensa internacional, que acompanhou de perto os acontecimentos.
Segundo
o jornal britânico The
Guardian, os protestos reuniram pessoas “mais velhas, mais
brancas e mais ricas” de que em 2013. O jornal chamou os protestos de
“manifestações da direita” causadas por insatisfação com a economia, política
travada e o escândalo de corrupção na Petrobras. O “Guardian” ainda descreveu
cartazes escritos em inglês pedindo a volta da ditadura.
“Os protestos de domingo foram os maiores no
Brasil desde 2013, mas o perfil e as políticas dos participantes foram muito
diferentes. As manifestações da Copa das Confederações dois anos atrás tiveram
suas origens em campanhas para assegurar transporte público gratuito, e se
espalharam rapidamente especialmente entre jovens, com ajuda de redes sociais,
após a violência policial inflamar a opinião pública. A mais recente onda de
protestos, entretanto, é de um grupo mais velho, mais branco e mais rico,
reunidos após uma grande cobertura antecipada da grande mídia“,
disse.
A
revista de economia Forbes
chamou os protestos de “festival do ódio”. “Estranhamento, não é a deterioração
da economia que irrita os brasileiros. É a política. É a corrupção. Em outras
palavras, a política de sempre. E, agora, os brasileiros estão abrindo as
janelas dos seus apartamentos, colocando as cabeças para fora e gritando”, diz,
em referência ao filme “Rede de Intrigas”, de 1976.
O
jornal americano New York
Times ressaltou que o impeachment ainda parece uma
possibilidade distante, e defendeu a postura de Dilma diante dos protestos.
“Em
contraste com outros líderes da região que responderam à dissidência com
ataques a seus críticos e uso de forças de segurança, a senhora Rousseff
assumiu uma postura relativamente pouco confrontadora”, disse o “New York
Times”, destacando que a presidente defendeu o direito de protestar dos
brasileiros.
O
italiano La
Repubblica destacou que havia manifestantes pedindo intervenção
militar para “por fim ao predomínio político do partido dos trabalhadores”
Já o
espanhol El País
noticiou, na capa do periódico, que “os protagonistas das marchas pertencem às
classes médias mais educadas”. Foram, segundo o jornal, “médicos, professores,
advogados e estudantes bem preparados e informados”.
Na
argentino Clarín,
destacou-se que o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi “o único que
levou grande número de manifestantes que não são nem brancos nem ricos para a
manifestação”. O diário destacou, porém, que Paulinho – líder da Força Sindical
e um dos únicos a defender abertamente o impeachment da presidente- foi
hostilizado por manifestantes que apenas “toleram” a camada social de
trabalhadores representada por este político.
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