O interessante é que a
globo, ou o globo, apoiador de primeira hora do dito cujo à presidência do
Congresso, já que sua vitória implicaria em uma derrota da presidente Dilma
logo após sua vitória nas eleições, vencendo o “candidato da casa”, aécio,
evita citar o nome do Cunha no titulo da matéria e usa “Câmara aprova”, pois
sabe que a grande maioria das pessoas se limita a ler – quando lê – os títulos
dos artigos e matérias e poucos se dão ao trabalho de ler um pouco mais.
É suficiente para muita gente
se sentir informado e sair por ai tecendo suas opiniões de cidadão bem
informado e de consciente político alugando os ouvidos dos outros. O mero
leitor de títulos. Por isso o jornal omitiu o nome do benfeitor.
Mas, o fato é que, como já publicamos
aqui antes, ele atendeu ao pedido de uma comissão de esposas de parlamentares,
solicitando o retorno do benefício, já que, coitadas, não teriam condições de acompanharem
aos seus maridos em suas viagens em função dos “altos preços” das passagens de
avião.
Este é um dos vários benefícios
e bondades do novo chefe da casa, que deve estar querendo reinar com súditos
bem satisfeitos e felizes. Incluindo aí os próprios deputados.
"Câmara aprova pacote de bondades para deputados com impacto anual de R$ 150,3 milhões
Medidas reajustam verbas dos mandato e permitem usa
da cota para passagens áreas de esposas e maridos dos parlamentares.
BRASÍLIA — O presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) anunciou nesta quarta-feira, um pacote de bondades para os 513
deputados com reajustes de verbas parlamentares e pagamento de passagens das
mulheres e maridos dos parlamentares a partir de primeiro de abril. A decisão
foi tomada nesta tarde pela Mesa Diretora da Casa e estabelece aumento de 18%
na verba de gabinete que paga os que paga os funcionários não concursados de
deputados, de 8% na verba de custeio do mandato e de 11,92% no auxílio moradia.
O impacto anual extra nas contas da Câmara será de R$ 150,3 milhões. Segundo
Cunha, para cobrir o aumento serão cortadas outras despesas do orçamento da
Casa, zerando as contas.
O aumento das verbas costuma acontecer em cada
início de mandato da Mesa Diretora e é prometido pelos que concorrem ao cargo
de presidente. Além dos reajustes nas verbas, Cunha também anunciou a decisão
de permitir o uso, dentro da cota de custeio do mandato, o pagamento de
passagens para as mulheres dos deputados. Só será permitido o pagamento de
passagem para as mulheres do estado de origem do deputado até Brasília.
Depois da chamada farra das passagens aéreas, a
Câmara tinha proibido o pagamento de passagens de forma indiscriminada,
permitindo apenas o uso pelo deputado e por um assessor, desde que autorizado
pela Mesa Diretora. Durante a campanha, deputados e mulheres de deputados
pressionaram os candidatos para a mudança neste critério. Indagado se não temia
ser cobrado pela sociedade pela adoção de medidas corporativas e de aumento de
gastos na Casa, Cunha disse que não.
— Não é corporativista. É apenas correção, não há
aumento. Faremos contenção de gastos em atividades meio como contrapartida. Decidimos
unificar a correção de todas as verbas, todas foram corrigidas pelo IPCA. O
corte de gastos será proporcional ao reajuste dado às verbas. Cortaremos, por
exemplo, contratos de prestação de informática. As esposas terão direito a
passagem, mas dentro da própria cota do deputado — disse Cunha.
O maior impacto dos reajustes será com o reajuste
dos salários dos funcionários dos gabinetes, chamados se secretários
parlamentares (SPs). A verba a que cada deputado tem direito subirá de R$ 78
mil para R$ 92 mil, um impacto anual extra nas contas de R$ 129 milhões. Os
salários dos SPs varia de R$ 845,00 e, no máximo, R$ 12.940,00. Cada deputado
pode contratar até 25 SPs.
Os 513 deputados também terão aumento de 8% na
verba de verba de custeio do mandato, chamada de Cotão. O último reajuste da
verba foi dado no início de 2014 em 2014. A cota parlamentar, chamada de Cotão,
verba para o custeio do mandato parlamentar, varia de acordo com o estado de
origem do deputado. Com o reajuste, os valores do Cotão vão variar de R$ 44,9
mil (Roraima) e R$ 30,2 mil (Distrito Federal). Além de passagens aéreas, a
verba mensal cobre gastos com telefones, correios, consultorias, aluguel de
escritórios políticos no estado, veículos, segurança, entre outros dos 513
deputados para o exercício do mandato.
Este ano, como o aumento das verbas só acontecerá a
partir de abril, o impacto extra nas contas será menor, de cerca de R$ 109,8
milhões. Segundo Cunha, serão cortadas despesas de custeio e investimento de
atividade meio para garantir ao deputados condições de exercer a atividade fim
do Parlamento.
Por Isabel Braga (oglobo)
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