quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Boicote a empresas, lojas e produtos que usam mão de obra escrava, pede o papa

Alojamento de empregados da Foxconn, da Microsoft, na China
Ainda bem que alguém assume este bom combate, quando se observa que a cada dia parece mais normal esse tipo de negócio, haja vista as denuncias feitas contra grandes vedetes da indústria, da tecnologia e do consumo, como a Microsoft, por exemplo, com a produção de seus ícones de consumo, bem como produtos outros como iPad, iPhone.

É o que denuncia nada menos que o equivalente ao Ministério do Trabalho dos EUA, em suas investigações em fábricas da empresa na China, como pode conferir no link abaixo, ou denuncias de trabalho escravo, e comprovação, contra grandes marcas de roupas como a Zara, empresa espanhola, cujas lojas estão por todos os shoppings e continuam lotadas de consumidores. Isso para ficar só nestes dois exemplos.
Leia: 
 - Microsoft usa “escravos” na China enquanto Bill Gates faz “filantropia” na África 
 - Fabrica da Microsoft na China enfrenta ameaça de suicídio coletivo
Logo, o apelo do papa aos consumidores é um ponto muito importante, vital até, já que as tais punições a que essas empresas são submetidas quando eventualmente são autuadas, são insignificantes diante do grande lucro que conseguem com estas praticas que funcionam quase como incentivos para que continuem, logo, talvez uma atitude mais séria do consumidor possa fazer a diferença.

   "O papa Francisco pediu uma mobilização global para combater o tráfico humano e a escravidão nesta quarta-feira (10), apelando aos consumidores para que boicotem bens que possam ter sido produzidos por trabalhadores explorados.
Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, em 1º de janeiro, o papa denunciou a “indiferença generalizada” que permite que tais práticas persistam.

“Estamos diante de um fenômeno global que ultrapassa a competência de qualquer comunidade ou país em particular. Para eliminá-lo, precisamos de uma mobilização comparável em tamanho ao do fenômeno”, disse Francisco na mensagem, enviada a chefes de Estado e de governo, instituições internacionais e lideres religiosos.

O pontífice argentino fez da defesa dos imigrantes e dos trabalhadores um tema central de seu papado. Ele criticou o sitema econômico mundial por não conseguir dividir a riqueza e escolheu a pequena ilha de Lampedusa, no sul da Itália, que muitos imigrantes morrerem tentando alcançar, como cenário de sua primeira viagem como papa.

Embora tenha pedido a governos e instituições que façam mais para deter o tráfico humano e a escrevidão moderna, desta vez Francisco enfatizou a responsabilidade social individual.

“Toda pessoa deveria ter consciência de que comprar é sempre um ato moral, e não simplesmente econômico”, afirmou no texto de seis páginas, intitulado “Não mais escravos, mas irmãos e irmãs”.

Ele pediu às pessoa e às comunidades que se sintam desafiadas quando forem tentadas a “selecionar itens que podem muito bem ter sido produzidos pela exploração de outros”.

Escravidão

O segundo índice global de escravidão lançado no mês passado pela fundação Walk Free, um grupo de direitos humanos sediado na Austrália, estimou que quase 36 milhões de pessoas vivem escravas, são trancafiadas e levadas a bordéis, são forçadas a realizar trabalho manual, são vítimas de agiotagem ou nasceram escravas.

Grupos ativistas como o slaveryfootprint.org vêm incentivando os consumidores a evitar produtos baratos que podem ser fruto de trabalho forçado ou outra formas de exploração.

Em sua mensagem, Francisco denunciou “o flagelo crescente da exploração do homem pelo homem” e disse que os governos devem agir mais para combater os grupos de crime organizado responsáveis pelo tráfico humano.

Na semana passada, o líder dos católicos se juntou a líderes muçulmanos, judeus, hindus, budistas e cristãos na promessa de usar suas religiões para ajudar a erradicar a escravidão moderna e o tráfico humano até 2020. (folhauol)

*Veja por que o “filantropia” no titulo sobre a Microssoft está entre aspas, clicando aqui.

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