Coifa que abriga o CBERS-4 sendo integrada ao foguete Longa Marcha-4B na base de Taiyuan, na China |
Inicialmente previsto para o fim de 2015, o CBERS-4
foi adiantado devido à perda do satélite anterior, no ano passado
O
satélite brasileiro CBERS-4, fabricado em parceria com a China, será
lançado neste domingo à 1h24 (horário de Brasília) a partir do Taiyuan
Satellite Launch Center, na província chinesa de Shanxi.
O
lançamento do CBERS-4, quinto satélite do programa, estava previsto para dezembro
de 2015, mas foi antecipado devido à perda do CBERS-3,
em dezembro do ano passado. Uma falha de funcionamento do veículo lançador
chinês, o Longa Marcha 4B, causou a perda do equipamento. Antes, foram lançados
com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
Segundo
Leonel Perondi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
responsável no Brasil pelo programa CBERS (China-Brazil Earth Resources
Satellite), foi preciso um grande esforço para cumprir o cronograma de
montagem. "Do ponto de vista técnico, o maior risco era não cumprir os
prazos. Mas conseguimos executar o cronograma graças a um trabalho muito intenso
das equipes", disse.
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Ele
afirma que a causa do acidente com o foguete que levou à perda do CBERS-3
foi detectada e todas as falhas foram estudadas minuciosamente para que o
acidente não se repita. "Toda a cadeia de processos para o lançamento do
foguete foi revista e requalificada, para que tenhamos um lançador
robusto", declarou.
"O
combustível terminou de queimar dez segundos antes do previsto. Isso impediu
que o satélite alcançasse a velocidade necessária, de 7,5 quilômetros por
segundo", disse Perondi. Com uma velocidade de 6,9 quilômetros por
segundo, o CBERS-3 entrou em uma órbita instável e acabou caindo de volta na
Terra, sendo destruído ao entrar na atmosfera.
Monitoramento
ambiental — As
imagens obtidas com o novo satélite serão utilizadas, entre outras funções,
para mapear queimadas, monitorar o desflorestamento da Amazônia, acompanhar
a expansão agrícola e estudar a área de desenvolvimento urbano.
O
satélite possui quatro câmeras, sendo uma delas, a MUX (Imageador de Média
Resolução), a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e
produzida no Brasil. (Estadão)
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