sábado, 6 de dezembro de 2014

Satélite sino-brasileiro será lançado neste domingo

Coifa que abriga o CBERS-4 sendo integrada ao foguete Longa Marcha-4B na base de Taiyuan, na China

Inicialmente previsto para o fim de 2015, o CBERS-4 foi adiantado devido à perda do satélite anterior, no ano passado

O satélite brasileiro CBERS-4, fabricado em parceria com a China, será lançado neste domingo à 1h24 (horário de Brasília) a partir do Taiyuan Satellite Launch Center, na província chinesa de Shanxi. 

O lançamento do CBERS-4, quinto satélite do programa, estava previsto para dezembro de 2015, mas foi antecipado devido à perda do CBERS-3, em dezembro do ano passado. Uma falha de funcionamento do veículo lançador chinês, o Longa Marcha 4B, causou a perda do equipamento. Antes, foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).

Segundo Leonel Perondi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável no Brasil pelo programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), foi preciso um grande esforço para cumprir o cronograma de montagem. "Do ponto de vista técnico, o maior risco era não cumprir os prazos. Mas conseguimos executar o cronograma graças a um trabalho muito intenso das equipes", disse. 

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Ele afirma que a causa do acidente com o foguete que levou à perda do CBERS-3 foi detectada e todas as falhas foram estudadas minuciosamente para que o acidente não se repita. "Toda a cadeia de processos para o lançamento do foguete foi revista e requalificada, para que tenhamos um lançador robusto", declarou.

"O combustível terminou de queimar dez segundos antes do previsto. Isso impediu que o satélite alcançasse a velocidade necessária, de 7,5 quilômetros por segundo", disse Perondi. Com uma velocidade de 6,9 quilômetros por segundo, o CBERS-3 entrou em uma órbita instável e acabou caindo de volta na Terra, sendo destruído ao entrar na atmosfera.

Monitoramento ambiental — As imagens obtidas com o novo satélite serão utilizadas, entre outras funções, para mapear queimadas, monitorar o desflorestamento da Amazônia, acompanhar a expansão agrícola e estudar a área de desenvolvimento urbano. 

O satélite possui quatro câmeras, sendo uma delas, a MUX (Imageador de Média Resolução), a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. (Estadão)

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