segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sabe quem “inventou” o:... “pó pará, governador”, do Aécio? O Estadão...


É tudo culpa do PT, ou da Dilma. Mas, quando “alguém do grupo” é o autor do lance, o do pó do Aécio, a coisa toma ares de verdade ou, no mínimo, deixa o caráter de especulação pura e simples. Já pensou um governo movido a pó?
"O candidato tucano a presidente da República, o senador Aécio Neves, deu uma entrevista recente em que insinua que são os petistas que vivem acusando-o de usar drogas, especialmente cocaína.
O senador certamente deve ter se esquecido que quem jogou gasolina nessa história não foi a blogosfera, mas um artigo publicado em fevereiro de 2009, na página 3, de O Estado de S. Paulo e assinado por um editorialista do jornal, o jornalista Mauro Chaves, falecido em 2011. O título do artigo era: “Pó, pará, governador?” Trocadilho que foi entendido por muita gente no mundo da política e entre jornalistas como clara alusão ao suposto uso da droga por parte do mineiro. E que teria levado Aécio a contratar jornalistas para produzir dossiês e reportagens que comprometeriam José Serra.
Mauro Chaves era sabidamente próximo ao tucanato e ao ex-governador José Serra. O Estadão derrubou o link original do artigo de seus arquivos muito provavelmente porque essa história não lhe interessa mais, mas você pode lê-lo aqui. Alias se você quiser saber como o Estadão procedeu para esconder o link, veja este vídeo e leia os seus comentários.
Ao escrever o artigo, Chaves deixava claro também que a guerra interna do PSDB pela candidatura a presidente em 2010 era uma luta midiática. E que os veículos paulistas achavam que não era a vez de Aécio. Entre outras coisas, dizia: “Ressalvem-se apenas as profundas diferenças de cobrança de opinião pública entre Minas e São Paulo. Quem já leu os jornais mineiros fica impressionado com a absoluta falta de crítica em relação a tudo o que se relacione, direta ou indiretamente, ao governo ou ao governador.”
Ou seja, candidato Aécio, tudo bem que tudo é culpa do PT, mas talvez fosse o caso de o senhor começar a ler o Estadão… (Por Renato Rovai)
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