domingo, 20 de abril de 2014

O extermínio das abelhas pelos agrotóxicos e a segurança alimentar

Tem gente que pode até pensar que, como não gosta tanto assim de mel, este é um fenômeno que não lhe diz respeito ou afeta a sua vida. O que talvez muitos não saibam é que pelo menos três quarto (75%) das culturas do mundo dependem da polinização por abelhas e outros polinizadores para se desenvolver e gerar frutos. Logo, o mel é só um detalhe.

Já é consenso entre cientistas de todo mundo que a intoxicação dos agentes polinizadores representa uma séria ameaça à produção de alimentos e à própria sobrevivência da humanidade, se algo não for feito, e com urgência, para reverter esta situação.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está investigando o extermínio de abelhas por intoxicação por agrotóxicos em colmeias de São Paulo e Minas Gerais. Os estudos com inseticidas do tipo neonicotinóides devem estar concluídos no primeiro semestre de 2015. Trata-se de um problema de escala mundial, presente, inclusive, em países do chamado primeiro mundo, e que traz como consequência grave ameaça aos seres vivos do planeta, inclusive o homem.

De acordo com o coordenador geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas e Produtos Perigosos do Ibama, Márcio Freitas, o órgão está reavaliando, desde 2010, vários produtos suspeitos de causar colapsos e distúrbios em colmeias paulistas e mineiras. Segundo Freitas, que integra o Comitê de Assessoramento da Iniciativa Brasileira para Conservação e Uso Sustentável dos Polinizadores, a intoxicação prejudica a comunicação entre as abelhas e isto impede que elas retornem às colmeias, levando ao extermínio dos enxames.


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