segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ombudsman da Folha pode ter tido sinceridade suicida

Não se sabe se é uma atitude meio suicida ou se o jornal quer, finalmente, um ombudsman que faça jus ao nome, já que até então eles eram uma mera fantasia que a Folha utilizava para dar uma cara mais moderna e “descolada” ao jornal, disfarçando a sua postura conservadora e oposicionista, com uma oposição “vendida” ao PSDB &Cia.


             "Coluna de Suzana Singer sobre o "catastrofismo da Folha" aponta, segundo o jornalista Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo, "desvio de caráter" do maior jornal do País; Singer havia criticado o olhar extremamente negativo da Folha sobre os dados da Pnad, do IBGE, que apontou expansão do emprego, da renda e do consumo no País; "A beleza do jornalismo é dar voz a quem não tem. O jornalismo brasileiro dá voz a quem tem o monopólio da voz", diz Nogueira, acusando ainda os grandes jornais de fazerem propaganda travestida de jornalismo e os jornalistas de viverem numa gaiola.

7 de Outubro de 2013 às 07:35

247 - A contundência da coluna de Suzana Singer, ombudsman da Folha, no último domingo, destacada primeiro no 247 (leia aqui), e depois por Eduardo Guimarães (leia aqui), mereceu uma interessante reflexão do jornalista Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo. Segundo ele, os jornalistas das grandes empresas hoje estão presos numa gaiola e só publicam o que interessa aos patrões. Só isso, segundo ele, explicaria a cobertura dedicada pela Folha à Pnad, que apontou expansão do emprego, da renda e do consumo no País, mas foi objeto de uma cobertura catastrófica do jornal. Abaixo o texto de Nogueira:
O jornalismo chapa branca, hoje, se pratica no interior das grandes empresas de jornalismo. Já escrevi sobre isso. Os jornalistas, lá, estão numa gaiola: só podem escrever o que os patrões querem que eles escrevam.

Isso quer dizer o seguinte: eles defendem os interesses particulares das empresas para as quais trabalham. Eles são, portanto, a voz do 1%.

Nunca foi tão claro isso. Compete aos jornalistas produzir, mecanicamente, textos, fotos, legendas, primeiras páginas e demais itens que compõem uma publicação.  Mas não pensar. Não ter ideias.

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