Quem há tão pouco tempo jogava pedras no “mensalão
dos outros”, posando de “vestais do templo da ética”, vai ter muito que explicar.
Mesmo com a cobertura, literalmente, da mídia associada de sempre, que sonega as
informações aos seus crédulos ouvintes e leitores, o rombo é tão grande na
imagem – e nos cofres e na coisa publica – que dificilmente não vai melar as
suas pretensões eleitorais para 2014.
Mas, por via das dúvidas, é bom “ficar com os dedos
cruzados” para que tudo não desça pelo ralo de sempre como vem acontecendo com os
“malfeitos” desta turma. Vide o “mensalão tucano”, do PSDB, que envolve figurões
do partido, também associado ao levantamento de fundos para a reeleição do FHC,
como também nesta caso, agora, e que embora tenha chegado primeiro, em 1998, que
o tal “mensalão do PT”, em 2007, está bem guardado em alguma gaveta perdida do
STF, esperando que prescreva.
Homem forte de todos os governos tucanos, passando por Mario Covas, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, o vereador Andrea Matarazzo teve seu sigilo bancário e fiscal quebrado por determinação da Justiça; ele é suspeito de ter arrecadado propinas de US$ 20 milhões junto à empresa francesa Alstom; parte dos recursos foi usada no caixa dois da campanha à reeleição de FHC; escândalo atinge em cheio o ninho tucano; ex-presidente do Metrô, José Fagali Neto, também teve sigilo quebrado, assim como outros nove personagens da trama.
247 - A Justiça Federal de São Paulo tomou uma decisão que atinge o coração do PSDB. Determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 11 pessoas, incluindo do vereador Andrea Matarazzo, que participou da arrecadação do caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e ajudou a levantar cerca de US$ 20 milhões junto à Alstom.
A quebra do sigilo autorizada pela Justiça abrange o período entre 1997 a 2000. O furo de reportagem é do jornalista Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo. As pessoas atingidas pela decisão judicial são: Andrea Matarazzo (atual vereador do PSDB e ex-secretário de energia), Eduardo José Bernini, Henrique Fingerman, Jean Marie Marcel Jackie Lannelongue, Jean Pierre Charles Antoine Coulardon, Jonio Kahan Foigel, José Geraldo Villas Boas, Romeu Pinto Júnior, Sabino Indelicato, Thierry Charles Lopez de Arias e Jorge Fagali Neto, (ex-presidente do Metrô).
Em 6 de agosto deste ano, o 247 publicou a informação de que Matarazzo já havia sido indiciado pela Polícia Federal (leia aqui). No dia 13 de agosto, outra reportagem apontou que R$ 3 milhões levantados junto à Alstom foram direcionados para o caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – o que, à época, chegou até a ser denunciado por Folha e Veja (leia aqui).
No entanto, apesar de todos os indícios, Matarazzo e o comando do PSDB em São Paulo vinham sendo poupados. Com a determinação de quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, rompe-se o cerco, muito embora ainda exista certa cautela. O G1, por exemplo, noticia a quebra do sigilo de 11 pessoas. O que importa, no entanto, é a presença de Andrea Matarazzo no time. Lá, ele não é apenas um entre onze.
O advogado de Andrea Matarazzo, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, considera que a decisão judicial não significa quebra de sigilo fiscal e tributário de seu cliente. “O ofício judicial enviado à Receita e ao Banco Central requisita informações relativas aos investigados se declararam manter contas bancárias no exterior naquele período. A medida visa saber se (os investigados) informaram sobre contas mantidas ou não no exterior”, afirma Mariz de Oliveira. (Brasil 247)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.