domingo, 15 de setembro de 2013

Do decano Celso de Mello: "adiamento aprofundou convicção"


A manobra do Joaquim Barbosa interrompendo a votação quando já estava em 5 x 5, para impedir que fosse dado o “Voto de Minerva”, impedindo-o de votar, demonstra que contava com a pressão da mídia de sempre para forçar o Ministro Celso de Mello a abdicar de suas convicções, por medo sobretudo das “línguas das vejas da vida”, e tentar jogar a população contra ele transformando-o em “bode expiatório” caso o seu voto seja pela aceitação dos embargos.

   Ministro Celso de Mello falou à jornalista Mariângela Galucci e disse que não sente nenhum tipo de pressão, antes do voto decisivo sobre a admissibilidade dos embargos infringentes. "O que acho importante é que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito. Li todas as razões das diferentes posições. E cada vez mais estou convencido de que fiz a opção correta", disse ele; segundo o ministro, a manobra que o impediu de votar na quinta-feira, comandada por Joaquim Barbosa, serviu para que reforçasse ainda mais sua posição.

15 de Setembro de 2013 às 08:43

247 - O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, falou a apenas uma jornalista, com exclusividade, antes da decisão sobre a admissibilidade dos embargos infringentes. Foi Mariângela Galucci, do Estado de S. Paulo, quem o entrevistou e publicou uma reportagem especial neste domingo (leia aqui a íntegra).

 A ela, o decano afirmou não se sentir pressionado. "Absolutamente não. Eu leio o noticiário e, a despeito do que se fala, não sinto nenhum tipo de pressão", afirmou, em entrevista por telefone. "Após 45 anos, seja como promotor ou juiz, é uma experiência que você tem e supera tranquilamente."

A chicana do ministro Joaquim Barbosa, que o impediu de votar na última quinta-feira, não o abalou. "O adiamento da sessão, longe de significar qualquer possibilidade de pressão externa, aprofundou ainda mais minha convicção", afirmou o ministro, sinalizando que o tiro do presidente do STF pode ter saído pela culatra.

Em 2 de agosto do ano passado, Celso de Mello se pronunciou de forma enfática, na própria Ação Penal 470, em defesa dos embargos infringentes. Segundo ele, sua convicção se aprofundou. "O que acho importante é que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito. Li todas as razões das diferentes posições. E cada vez mais estou convencido de que fiz a opção correta."

Embora não tenha antecipado seu voto, parece claro que ele aceitará os recursos. (No Brasil 247)

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