quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fabricas de “Curtir” ou de reputação e notoriedade, no Facebook


“Reputação à venda, num mundo globalizado: empresas de Bangladesh cobram 15 dólares pacotes de mil “likes” — e pagam 1 dólar a seus empregados.” Como vê, “nem tudo que reluz é ouro”, logo, precisamos de mais critérios e muito bom senso para avaliar ou julgar reputações, autenticidade ou notoriedade de qualquer pessoas ou coisa, hoje, sobretudo em um mundo tão informatizado, e tão volátil, assim.
O clique que os utilizadores das redes sociais fazem na opção “Gosto”, ou “Like”, no Facebook, e a opção por seguir alguém, ou alguma entidade, no Twitter, está a tornar-se um negócio de criação de notoriedade, com fins comerciais. E uma forma de exploração.
Uma reportagem da televisão britânica Channel 4 mostra que “fábricas de cliques” estão falseando os resultados registados por ferramentas que podem medir a aceitação de determinado produto online.
O que pode minar a confiança dos consumidores e os esforços das empresas proprietárias das redes sociais para explorarem o seu potencial publicitário.
Com a reportagem especial de uma hora – “Celebs, Brands and Fake Fans” –, o Channel 4 promete evidenciar a manipulação das redes sociais em benefício de grandes marcas ocidentais.
A investigação, a emitir no programa Dispatches, revela, segundo o jornal Guardian, o caso da existência, em Daca, no Bangladesh, de uma “fábrica”  que cobra aos clientes 15 dólares por cada mil “likes”. A equipa do programa encontrou o “gerente” da empresa, identificado como “Russell”, que já se gabou de ser o “rei do Facebook”.
Para ganhar um dólar, os contratados precisam fazer mil “likes”, ou seguir mil pessoas ou entidades no Twitter.  Ao fim de um ano, de acordo as informações antecipadas pelo Guardian, podem não ganhar mais de 120 dólares.
Um caso de notoriedade conseguida com falsos “likes”  é o de uma página de curgetes que se destacou nas redes sociais, entre dezenas de outras páginas de curgetes.
O jornal britânico ilustra a importância dos “likes”: antes de tomarem decisões de compra, 31% dos consumidores consultam “ratings” de visitas e de “likes”.
“Há um desejo real das empresas de reforçarem a sua presença nas redes sociais, e de em resultado disso encontrarem novos clientes”, disse um consultor, Graham Cluley.
Sam De Silva, advogado especializado em tecnologias de informação e leis de subcontratação, na firma Manches LLP, de Oxford, considera que os falsos cliques “potencialmente violam várias leis – de proteção do consumidor e concorrência desleal”.
Por João Manuel Rocha, no Publico

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