Há males que veem pra bem, já dizia o velho ditado popular. Esta revolta
dos médicos contra o governo federal para manter os seus privilégios, tentando impedir
que a justiça do atendimento médico à população seja feita, vem expondo
um lado desta categoria, não todos, é claro, que está desfazendo certa aura de glamour
e de certa reverência, que porventura pudesse existir em relação a estes profissionais.
Fatos como este mostrado no vídeo, ou aquele flagrado no interior de São
Paulo com os dedos de silicone, onde um deles “marcava o ponto” de um grupo de outros
médicos, ou quadrilha, se preferir, já que se uniram para fraudar, ou roubar, o
dinheiro publico, quando praticamente não iam trabalhar, mas recebiam o seus
vencimentos normalmente, são, como disse no inicio, um bem, pois, desmistifica
e desmascara uma hipotética ética que queriam fazer crer, existir, não como
pessoa ou individualmente, mas, como categoria.
Alguns médicos da maternidade pública Leonor Mendes de Barros, na zona leste
de São Paulo, passam diariamente no hospital apenas para marcar o ponto. Eles
foram flagrados entrando pela porta de funcionários e saindo em seguida, após
bater o ponto e sem prestar qualquer atendimento. O processo todo não dura mais
do que 15 minutos. Reportagem de Fabio Diamante, com produção de Fabio Serapião
e imagens de Ronaldo Dias, exibida no telejornal SBT Brasil.
Estes atos que não são inéditos, só ganham a relevância que veem tendo,
graças à auto exposição em que se meteram em suas reivindicações injustas e
corporativas.
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