Presos
em verdadeiros “campos de concentração”, torturados e submetidos a trabalhos
forçados pela ditadura, eram, também, presos políticos, logo, teem direitos à
reparação, e seus descendentes e familiares, à indenizações como os demais
presos políticos.
Durante os anos de chumbo, após o golpe de 1964, a
Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois
centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá foram
levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11
estados das cinco regiões do país. O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e
a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e vigiados por policiais
militares. Sobre eles recaem diversas denúncias de violações de direitos
humanos.
(...)
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada pelo
governo federal em maio de 2012, definiu os crimes contra camponeses e
indígenas como um dos seus 13 eixos de trabalho. O balanço de um ano de
atividades da CNV, divulgado recentemente, informa que a existência de prisões
destinadas a índios é um dos seus objetos de pesquisa. A Agência Pública entrou
em contato para saber mais detalhes sobre as apurações que estão sendo
realizadas, mas a Comissão não se pronunciou.
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