sábado, 2 de março de 2013

Vereador Aurélio Miguel, novo milionário, ilustra como as coisas funcionam

Você pode achar que escolher o ex-judoca é pegar um “peixe pequeno” como bode expiatório, e é, mas, esse exemplo ajuda a entender como a atividade política que deveria ser – o óbvio – uma coisa séria e, efetivamente, a serviço da população e do país, parece mais uma ação entre amigos, de boa parte dos parlamentares com a iniciativa privada, para manter as coisas como sempre foram, onde os interesses genuínos da população e do país são meros detalhes.

"O ex-judoca campeão olímpico Aurélio Miguel multiplicou seu patrimônio desde que assumiu o cargo de vereador em São Paulo, em 2005, pelo PR, segundo levantamento divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira. Segundo a publicação, quando foi candidato pela primeira vez, em 2004, Miguel declarava, entre outros bens, quatro imóveis - um patrimônio, segundo ele, de R$ 870 mil (R$ 1,4 milhão em valores corrigidos pela inflação). Já em 2012, passou, segundo o Ministério Público, a ter 25 imóveis (estimados em R$ 25 milhões) registrados em nome dele ou de suas empresas. Ao menos oito dos imóveis foram pagos em dinheiro vivo, segundo documentos obtidos em cartórios.

O jornal afirma que, nessa conta, não entram outros bens, como uma lancha e ao menos 17 carros, como uma Cherokee 2012 e um Opel, 1951. Como vereador, o salário de Auéliro Miguel era de R$ 9.282, mas, em 2012, passou a R$ 15.031. O crescimento mais expressivo do patrimônio do parlamentar ocorreu a partir dos anos de 2008 e 2009, época em que presidiu a CPI do IPTU na Câmara Municipal. Miguel, segundo investigações do Ministério Público, é acusado de cobrar propina de shoppings ligados ao grupo Brookfield para omitir irregularidades no relatório final da CPI. Ele nega as acusações e diz que patrimônio é fruto de negócios legítimos e herança.
Como vê, deve ser por isso que é tão acirrada a disputa pelo seu – e pelo meu – voto por cada vez mais candidatos a milionários às custas do dinheiro publico e do Estado, o que não quer dizer que a atividade política seja ruim em si mesma, mas, que devemos nos informar melhor para fazermos escolhas corretas.

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