Estados Unidos já abocanham 78% das
exportações mundiais — e são cada vez mais influenciados por seu
próprio “complexo industrial-militar”. Por isso, mídia
norte-americana prefere falar da China…[que
só detém 3%]
F 15 |
Há pelo menos duas décadas, os Estados Unidos
são o país com balança comercial mais deficitária do planeta. Ao
longo de 2012, suas importações superarão as exportações em
cerca de 600 bilhões de dólares — algo como o PIB da Suíça ou
da Arábia Saudita. Porém, um setor de sua economia foge a esta
regra.
Trata-se da indústria armamentista. Além de ser a mais
poderosa do mundo, ela ampliou de forma acelerada sua influência nos
últimos cinco anos, revelou
no domingo o New York Times. Tira proveito,
diretamente, das tensões crescentes que a diplomacia de Washington
tem provocado — em especial no Oriente Médio e nas disputas com o
Irã.
Os números são impressionantes. Num único ano,
2011, as vendas de armamentos por indústrias norte-americanas mais
que triplicaram, saltando de de pouco mais de 21,4
bilhões de dólares para cerca de US$ 60 bilhões. Depois deste
avanço, os EUA passaram a abocanhar 78% do comércio mundial de
armas, deixando muito atrás concorrentes como Rússia (6%), Europa
Ocidental (6%) e China (3%).
O grosso das vendas de
armamentos dirigiu-se para a região mais conflagrada do planeta. Só
a Arábia Saudita — o prinicipal aliado estratégico dos EUA no
Oriente Médio — adquiriu US$ 33,4 bilhões em armas pesadas,
inclusive 84 caças F-15 (foto) e dezenas de helicópteros Apache e
Black Hawk.
Seguiram-se a ela duas outras monarquias
ultra-conservadoras da Península Arábica, ambas fortemente
alinhadas a Washington: Emirados Árabes e Omã. Segundo o New
York Times, a causa essencial do aumento extraordinário de
vendas foram “as preocupações com as ambições regionais de
Teerã”.
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