quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dilma e Unasul tentam reverter golpe de estado no Paraguai

Sabe-se que – teorias conspiratórias à parte – a única estratégia que sobrou aos EUA em sua tentativa de retomar a antiga influência e/ou hegemonia na América do Sul, é ir “comendo pelas beiradas” e destabilizar um relativo consenso que existe por aqui, começando pelo Mercosul. O Paraguai é a porta de entrada, desde a permissão do país à instalação de um quartel dos EUA, na tríplice fronteira. Logo, a tentativa agora, de destituir o Lugo, que não é a primeira, deve situa-se dentro deste cenário.

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A presidente Dilma Rousseff foi informada, hoje,  (21/06/12) de uma tentativa de golpe de estado no Paraguai. O que ocorreu foi a aprovação de um processo de impeachment pelos deputados paraguaios e que pode ser confirmado pelo Senado. Ainda na Rio+20, Dilma já conversou com o presidente do Uruguai, José Mujica, sobre as formas de resistência à ruptura institucional.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse ainda há pouco ao presidente do Uruguai, José Mujica, que não renunciará ao seu mandato em nenhuma hipótese. Mujica levou a informação aos demais presidentes que estão reunidos em encontro extraordinário da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). 

São eles: Dilma Rousseff (Brasil), Sebastián Piñera (Chile), Juan Manuel Santos (Colômbia), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador). Todos consideram a situação complexa porque o que chamam de “golpe” foi desferido de uma forma constitucional: um impeachment aprovado pelos deputados paraguaios. A questão, avaliam, é que Lugo nunca teve apoio no Congresso e, na última semana, perdeu também o dos movimentos sociais. O estopim teria sido a repressão a sem-terras. 

A sociedade paraguaia está recorrendo a todos os meios, inclusive as redes sociais, como o Facebook, para tentar barrar o que eles consideram um golpe de Estado contra a presidência de Fernando Lugo.
Segundo informam a resistência paraguaia, que se levanta contra o pedido de impeachment de Lugo no Congresso, esta é a vigésima quarta vez que a maioria colorada e oviedista tenta derrubar o presidente democraticamente eleito.
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