A escolha dos EUA
para a sede da organização nunca foi uma questão de cortesia ou
mero acaso, haja vista que a ONU tem se pautado nas questões
internacionais, não conforme suas atribuições de atender às
necessidades de seus membros, 194 países, mas como um anexo do
Departamento de Estado dos EUA.
O presidente equatoriano Rafael Correa questionou
que a sede principal da ONU esteja nos Estados Unidos, pois o país
norte-americano negou o visto a uma ministra de seu governo que havia
sido convidada a participar de um fórum sobre assuntos indígenas da
ONU. O chefe de Estado considera um abuso por parte dos EUA que a
Secretária dos Povos, de Movimentos Sociais e da Participação
Cidadã, Mireya Cárdenas, não tenha podido ir ao fórum da ONU por
não ter visto.
Durante um encontro que teve com jornalistas na
cidade de Guayaquil (centro), Correa insistiu que o ocorrido deve ser
objeto de reflexão, e que talvez seja necessário unir esforços
para alcançar uma mudança na sede da organização, caso a situação
aconteça novamente.
“Se continuarem essas posições imperiais,
soberbas, prepotentes, terá que surgir uma mudança de sede das
Nações Unidas. Pois é inadmissível, intolerável que a uma
ministra de um Estado soberano, convidada pela ONU para um fórum,
seja negado o visto” enfatizou.
A Chancelaria equatoriana enviou dias atrás uma
nota de protesto à Embaixada estadunidense em Quito que dizia o
seguinte: “Equador considera que a atitude dos Estados
Unidos contradiz o Acordo Relativo à sede das Nações Unidas, de 31
de outubro de 1947′.
A nota revê que o artigo IV desse acordo dispõe
que “as autoridades federais, estatais ou locais dos EUA não
colocarão obstáculo algum para a entrada ou saída do distrito da
sede da ONU”.
A resposta da Embaixada foi que seu Consulado
“geralmente não explica os motivos para rejeitar um pedido de
visto, seja de uma pessoa comum ou uma autoridade”.
Segundo a sede diplomática, se trata de um
processo administrativo interno que responde às políticas de
Washington.
A notícia é da Cubadebate|TeleSur
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