quarta-feira, 30 de maio de 2012

Presidente do Equador questiona sede da ONU nos EUA

A escolha dos EUA para a sede da organização nunca foi uma questão de cortesia ou mero acaso, haja vista que a ONU tem se pautado nas questões internacionais, não conforme suas atribuições de atender às necessidades de seus membros, 194 países, mas como um anexo do Departamento de Estado dos EUA.

O presidente equatoriano Rafael Correa questionou que a sede principal da ONU esteja nos Estados Unidos, pois o país norte-americano negou o visto a uma ministra de seu governo que havia sido convidada a participar de um fórum sobre assuntos indígenas da ONU. O chefe de Estado considera um abuso por parte dos EUA que a Secretária dos Povos, de Movimentos Sociais e da Participação Cidadã, Mireya Cárdenas, não tenha podido ir ao fórum da ONU por não ter visto.

Durante um encontro que teve com jornalistas na cidade de Guayaquil (centro), Correa insistiu que o ocorrido deve ser objeto de reflexão, e que talvez seja necessário unir esforços para alcançar uma mudança na sede da organização, caso a situação aconteça novamente. 

“Se continuarem essas posições imperiais, soberbas, prepotentes, terá que surgir uma mudança de sede das Nações Unidas. Pois é inadmissível, intolerável que a uma ministra de um Estado soberano, convidada pela ONU para um fórum, seja negado o visto” enfatizou.

A Chancelaria equatoriana enviou dias atrás uma nota de protesto à Embaixada estadunidense em Quito que dizia o seguinte: “Equador considera que a atitude dos Estados Unidos contradiz o Acordo Relativo à sede das Nações Unidas, de 31 de outubro de 1947′.

A nota revê que o artigo IV desse acordo dispõe que “as autoridades federais, estatais ou locais dos EUA não colocarão obstáculo algum para a entrada ou saída do distrito da sede da ONU”.

A resposta da Embaixada foi que seu Consulado “geralmente não explica os motivos para rejeitar um pedido de visto, seja de uma pessoa comum ou uma autoridade”.

Segundo a sede diplomática, se trata de um processo administrativo interno que responde às políticas de Washington.

A notícia é da Cubadebate|TeleSur

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