Como vê, são
práticas que seriam típicas de “países subdesenvolvidos”, ou seja, usar um recurso simples e fácil para maquiar a cara do país, no caso, a cidade de Londres, para
manter a aura de civilizados e ricos, jogando o lixo econômico e
social para baixo do tapete, ou para bem longe das vistas dos
visitantes e turistas.
Faltam pouco mais de
dois meses para o início da Olimpíada de Londres. A tocha, que já
foi acesa na Grécia, vai percorrer o mundo e circular pelas ruas da
capital britânica até acender a pira no Parque Olímpico de
Stratford, zona leste da cidade.
Dentro do estádio, 80.000 pessoas
vão vibrar com a cerimônia de abertura enquanto, do lado de fora,
moradores, ex-moradores e ativistas vão denunciar a “limpeza” da
área, uma das mais empobrecidas do país, feita à base de políticas
agressivas de coerção e remoção de pessoas em favor do “benefício
econômico”.
Dois exemplos recentes,
retratados pelo jornal britânico The
Guardian e pela rede estatal BBC,
mostram como políticas públicas, aliadas à especulação
imobiliária, desfiguraram a zona leste de Londres. O primeiro
revelou os efeitos perniciosos da criação de “zonas
de dispersão”, com o intuito de facilitar
abordagens e remoção de pessoas com “comportamento anti-social”
da área do Parque Olímpico. O segundo expôs a alta dos aluguéis
na região e o conseqüente aumento no número de despejos praticados
por proprietários ávidos pelo “dinheiro olímpico”.
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