sexta-feira, 30 de março de 2012

O Brasil dentro de uma perspectiva argentina

Esta é uma entrevista com a presidente do Banco Central Argentino ao jornal argentino Pagina 12, em 25/03/12, falando sobre as relações preferenciais entre o Brasil e a Argentina, quando comenta lances das viagens da Dilma à Alemanha  e à Índia, bem como a entrevista que deu à revista Veja. É uma visão otimista sobre as perspectivas do MERCOSUL e, sobretudo da relação bilateral entre o Brasil e a Argentina. Vale á pena conferir.

Mercedes Marcó del Pont
O Brasil já é, para os funcionários do governo argentino, uma dimensão da política interna. E o é abertamente.

Na passagem mais feliz de suas respostas na entrevista que concedeu ao Página/12, no último domingo, Mercedes Marcó del Pont converteu-se na primeira funcionária do governo que, sem rodeios, incluiu o Brasil como uma variável da economia argentina. Ao falar da ampliação de funções do Banco Central, a presidenta da instituição disse que mudará a equação para analisar a relação entre moeda, reservas e contas externas.

(...)Tomam empréstimos a taxas baixíssimas, em alguns casos até negativas, nos países europeus e correm para o Brasil para aproveitar o que os especialistas chamam de “arbitragem”, que, grosso modo, é a diferença entre as taxas de juros daqui e de lá. Então, o Brasil não pode permanecer paralisado frente a esse quadro. Precisamos agir. E temos que agir nos defendendo, algo bastante distinto do protecionismo”.

A defesa não consistirá em fechar a economia nem em rechaçar investimentos produtivos, mas sim em colocar barreiras ao movimento de capitais especulativos. Dilma lembrou o que disse a Merkel: “Não queremos o dinheiro dos países ricos”. Quando Merkel rebateu que os países emergentes tinham responsabilidade como consumidores para evitar uma queda da economia europeia, Dilma replicou que se empresas alemães com tecnologia de ponta se instalarem no Brasil serão tratadas com vantagens equivalentes a uma empresa nacional brasileira em crédito e estímulos.

(...) Se não há mundo sem blocos, que perspectiva teria um país pequeno como a Argentina sem o gigante situado ao seu lado.


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