Dados divulgados pelo Parlamento Europeu (21 de janeiro de 2012) denuncia que mais de 50% dos alimentos na região são desperdiçados, algo em torno de 89 milhões de toneladas ou 180 quilos por pessoa, por ano.
Isso em um cenário onde 85 milhões vivem abaixo da linha da pobreza e 16 milhões só sobrevivem graças a ajuda direta de instituição beneficentes, sendo que os recursos desta ajuda veem sendo cortados como “medidas de austeridade” contra a crise.
Parecem dados de países subdesenvolvidos, não é verdade? Mas, são dos até então desenvolvidos europeus, cada ver mais enquadrados em uma nova categoria de países, “os imergentes”.
O desperdício de alimentos ocorre ao longo de todos os elos da cadeia agroalimentar: campos agrícolas, industrias de transformação, 39%, e rede de distribuição, 14%, e casas dos consumidores, 42%.
O Parlamento Europeu sugere medidas para conter os desperdício, dentre elas alteração na etiquetagem dos produtos, pois a população não entende claramente as recomendações, que se promovam campanhas de sensibilização e incentivem a introdução de programas de educação em todos o níveis do ensino, notadamente superior, que expliquem, por exemplo, como armazenar, cozinhar e eliminar os alimentos.
Como vê, é como falamos acima. A produção por alimentos em todos os continentes é superior às necessidades de suas populações – a exceção da África – comprovando que a fome que castiga as mais de 1 bilhão de pessoas em todo mundo se deve à má distribuição e ao desperdício. (Metanoverde)
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