quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A publicidade infantil é legítima?

Não é suficiente deixar, apenas, a cargo dos país, a tarefa de regular aquilo a que seus filhos estão expostos na mídia, sobretudo, na TV. A criação de consumidores precoces, a indução ao consumo de produtos não adequados à idade, isso sem falar da verdadeira epidemia mundial de obesidade, inclusive no Brasil, que está aí para provar isso. Muitos países já teem legislação restritiva à publicidade direcionada às crianças, principalmente de alimentos e bebidas. É uma questão de saúde pública muito séria, e pelo visto, os nosso parlamentares ainda não se tocaram.


A publicidade é um negócio especial, motor do capitalismo. A atividade consegue fazer do produto uma mercadoria, transferir qualidades mágicas ao que se quer vender e ainda carrega consigo, por isso mesmo, uma carga enorme de criatividade, pois manipula a mente das pessoas. Realiza a transformação a que Marx se referia, transformando valor de uso em valor de troca. Ninguém compra um automóvel. Compra o que pensa ser aquele automóvel. E convence. E vende.
O capitalismo é o modo de produção das marcas a partir da publicidade. Isso foi registrado por Paul Baran e Paul Sweezy em seu notável livro O capital monopolista, de 1966. E esse capitalismo de marcas data do final do século XIX, início do século XX. Valem mais as marcas, o simbolismo que se empresta a elas, do que o produto concreto que representam. Então, a publicidade é algo extraordinário pela sua força, pelo seu poder de, sob vários aspectos, moldar o mundo.
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