Não é suficiente
deixar, apenas, a cargo dos país, a tarefa de regular aquilo a que
seus filhos estão expostos na mídia, sobretudo, na TV. A criação
de consumidores precoces, a indução ao consumo de produtos não
adequados à idade, isso sem falar da verdadeira epidemia mundial de
obesidade, inclusive no Brasil, que está aí para provar isso. Muitos países já teem
legislação restritiva à publicidade direcionada às
crianças, principalmente de alimentos e bebidas. É uma questão de
saúde pública muito séria, e pelo visto, os nosso parlamentares
ainda não se tocaram.
A publicidade é um
negócio especial, motor do capitalismo. A atividade consegue fazer
do produto uma mercadoria, transferir qualidades mágicas ao que se
quer vender e ainda carrega consigo, por isso mesmo, uma carga enorme
de criatividade, pois manipula a mente das pessoas. Realiza a
transformação a que Marx se referia, transformando valor de uso em
valor de troca. Ninguém compra um automóvel. Compra o que pensa ser
aquele automóvel. E convence. E vende.
O capitalismo é o
modo de produção das marcas a partir da publicidade. Isso foi
registrado por Paul Baran e Paul Sweezy em seu notável livro O
capital monopolista, de 1966. E esse capitalismo de marcas data
do final do século XIX, início do século XX. Valem mais as marcas,
o simbolismo que se empresta a elas, do que o produto concreto que
representam. Então, a publicidade é algo extraordinário pela sua
força, pelo seu poder de, sob vários aspectos, moldar o mundo.
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