(…) Em todo caso, o
regime que dominou a Líbia por 42 anos foi derrotado. Menos pela
Primavera Árabe, neste caso pouco mais que pretexto, do que pela
intervenção direta dos EUA e seus aliados, sob a folha de figueira
do mandato da ONU para “proteger os civis” por meio de uma zona
de exclusão aérea. Foram decisivos o fornecimento de armas
(proibido pela resolução da ONU, que determinou embargo para ambas
as partes), os ataques diretos dos navios, aviões e helicópteros da
Otan às tropas e instalações civis e militares de Kaddafi
(redobrados durante a ofensiva a Zawiya e Trípoli).
E também a
participação discreta, em terra, de conselheiros e instrutores
militares da SAS (Special Air Service, força especial do
exército britânico) e de espiões- do MI-6 no planejamento das
ofensivas militares, bem como de forças especiais da França, Catar
e Jordânia, como anotou o jornal britânico Guardian.
Mercenários britânicos, franceses, árabes e da Europa Oriental,
recrutados com ajuda da CIA, do serviço secreto britânico e de
companhias ocidentais de “segurança” engrossaram o inexperiente,
indisciplinado e escasso contingente revoltoso. Sem tudo isso, a
rebelião, ao que tudo indica, teria sido destroçada há meses. (…)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.