Apesar do discurso eleitoral messiânico e
anti-Bush, o Obama repete o seu antecessor sujeitando o país, ou
melhor os mais pobres e a classe media, à ameça de uma recessão
profunda que vai sobrar para todo mundo, ou todo o mundo, que deve
sofrer com o fato dele ter abdicado da oportunidade de fazer
história, efetivamente, e honrar, pelo menos em parte, o sonho, ou
ilusão, que vendeu para o povo norte-americano e para o resto do
mundo.
Governar para os ricos e esquecer-se dos mais
pobres e da classe média era a acusação de Obama contra
Bush e trilha sonora de seus empolgados discursos. Agora, tornou-se o
veneno que o presidente Democrata bebe em uma taça e oferece em
brinde ao povo americano.
A política dos Estados Unidos sofreu um profundo
abalo. As consequências do malfadado acordo da dívida
norte-americana ainda estão por vir, mas o fantasma da grande crise
de 2008 e 2009 voltou a assombrar. Há sinais tétricos que, para
alguns analistas, são o prenúncio de uma grande tempestade global.
O pior acordo do mundo é também o pior acordo para o mundo.
Recessão, inflação, desemprego, quebradeiras. Mas é na política
onde moram as maiores ameaças de choro e ranger de dentes.
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