terça-feira, 30 de agosto de 2011

O crime da Veja está nas mãos da Polícia Federal

Como já comentamos aqui, a sensação de impunidade da mídia corporativa, antiga, oposicionista, de direita, conservadora, ou PIG, como vem sendo chamada, vem fazendo com que ultrapassem quaisquer limites da decência e, agora, das leis, para fazerem o que ainda ousam chamar de jornalismo e, o que surpreende, é que a alienação que, no caso a Veja fez, e faz nos corações e mentes de seus leitores, sobretudo assinantes, contribuem como suporte a este verdadeiro crime, não só contra as consciência, mas, agora, às leis do país, daí a entrada em cena da Polícia Federal.


O principal cenário da “denúncia” da Veja desse final de semana é o Hotel Naoum, em Brasília. Nele, segundo a revista, José Dirceu tem um “gabinete” instalado, onde “o ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras atividades, conspirar contra o governo Dilma.”

A matéria traz uma sequência de dez fotos tiradas do andar em que fica o apartamento de José Dirceu. Numa delas, aparece o próprio. Nas demais, ministros, deputados, senadores que lá estiveram. Por isso, entrevistei há pouco Rogério Tonatto, gerente geral do hotel.

Viomundo — No seu ramo de negócio, privacidade é vital. A do Naoum, porém, foi quebrada com a reportagem da Veja. O senhor não teme que, por isso, clientes deixem de se hospedar no seu hotel?

Rogério Tonatto — Eu não acredito, não, porque todo mundo conhece a nossa respeitabilidade. O hotel tem 22 anos, é considerado o melhor da cidade. É o hotel que mais recebeu comitivas oficiais em todo o país, da Princesa Diana a Fidel Castro. São mais de 150 comitivas oficiais.
O que foi feito aqui é uma coisa criminosa, que a gente repudia. Nós estamos realmente chocados, pois temos uma história muito forte com a cidade. Não vamos deixar que episódio isolado como esse abale o nome do hotel.


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