Como já comentamos
aqui, a sensação de impunidade da mídia corporativa, antiga,
oposicionista, de direita, conservadora, ou PIG, como vem sendo
chamada, vem fazendo com que ultrapassem quaisquer limites da
decência e, agora, das leis, para fazerem o que ainda ousam chamar
de jornalismo e, o que surpreende, é que a alienação que, no caso
a Veja fez, e faz nos corações e mentes de seus leitores, sobretudo
assinantes, contribuem como suporte a este verdadeiro crime, não só
contra as consciência, mas, agora, às leis do país, daí a entrada
em cena da Polícia Federal.
O
principal cenário da “denúncia” da Veja desse final de semana é o Hotel Naoum, em Brasília. Nele, segundo a
revista, José Dirceu tem um “gabinete” instalado, onde “o
ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras
atividades, conspirar contra o governo Dilma.”
A matéria
traz uma sequência de dez fotos tiradas do andar em que fica o
apartamento de José Dirceu. Numa delas, aparece o próprio. Nas
demais, ministros, deputados, senadores que lá estiveram. Por isso,
entrevistei há pouco Rogério Tonatto, gerente geral do hotel.
Viomundo
— No seu ramo de negócio, privacidade é vital. A do Naoum, porém,
foi quebrada com a reportagem da Veja. O senhor não teme que, por
isso, clientes deixem de se hospedar no seu hotel?
Rogério
Tonatto — Eu não acredito, não, porque todo mundo conhece a
nossa respeitabilidade. O hotel tem 22 anos, é considerado o melhor
da cidade. É o hotel que mais recebeu comitivas oficiais em todo o
país, da Princesa Diana a Fidel Castro. São mais de 150 comitivas
oficiais.
O que foi
feito aqui é uma coisa criminosa, que a gente repudia. Nós estamos
realmente chocados, pois temos uma história muito forte com a
cidade. Não vamos deixar que episódio isolado como esse abale o
nome do hotel.
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