segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Casamento gay e a criminalização da homofobia

A questão deve caminhar para um consenso, pelo menos aparente, já que vai chegar um ponto em que será impossível para alguém expressar publicamente a sua opinião contrária sem correr o risco de ser taxado de retrógrado e homofóbico.

A violência e discriminação que os gays ainda sofrem, paradoxalmente pode levar não só à adoção de leis específicas mais severas contra estes abusos, como “acuar” aqueles contrários. Em uma sociedade que se pretende democrática em sua plenitude, não pode haver cerceamento da liberdade e/ou direitos de quem quer que seja, independente de cor, gênero ou crença religiosa.

Entretanto, o que não é desejável dentro de uma sociedade democrática é a criação de “nichos de direitos especiais” que venham a despertar e/ou desencadear insatisfação ou revolta, já que o pressuposto para o Estado democrático é a igualdade de direitos, embora, convenhamos, não é assim tão fácil sair do conceito para a prática.

Mais do que o casamento gay, talvez a questão que tem provocado a maior polêmica e tem ‘travado’ as tentativas de se legislar sobre o tema, é a lei que visa criminalizar a homofobia, um conceito ainda pouco definindo que pode ir desde a menção, à ofensa pessoal, verbal, até um ato de violência física. A alegação dos contrários é que já existiriam leis que penalizam tais excessos, como a que combate os crimes de racismo, por exemplo.

Na pesquisa divulgada pelo IBOPE, 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais do mesmo sexo, onde as mulheres, os mais jovens e os com mais escolaridade se sentem menos incomodadas com o casamento gay. Quanto a criminalização da homofobia é preciso, talvez, definir melhor o conceito, antes de se criar uma legislação ‘emocional’ e natimorta.

Fonte: Ibope

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