segunda-feira, 20 de junho de 2011

Países mais felizes tem maiores índices de suicídio


Países com maiores índices de felicidade como o 1º lugar, a Dinamarca, teem os maiores índices de suicídio. Foi a constatação de estudos feitos por pesquisadores da University of Warwich, na Gra-Bretanha, Hamilton College, em Nova York e Federal Reserve Bank, em San Francisco, na California, e publicados na revista científica Journal of Economic Behavior & Organization.

Dentre os lideres nos dois rankings, de felicidade e de suicídio, encontram-se: Canadá, Suíça, Islândia, Irlanda e EUA. Ao contrário, em países que não estão bem rankeados neste índice de felicidade, os índices de suicídio são comparativamente bem mais baixos. A explicação que encontraram foi a “inveja”, é, isso mesmo! 
 
Segundo concluíram, as pessoas que vivem em uma sociedade feliz, não suportariam uma “felicidade maior” do seu vizinho... A mim, não parece lá muito convincente.

Embora não tenham mencionado estas explicações e/ou justificativas para este fenômeno inusitado, a ilusão que o sistema capitalista vende segundo a qual, mais é melhor ou que a felicidade estaria diretamente vinculada à sua capacidade de consumo, explica muito melhor a grande frustração é o grande vazio que turbina toda a série de novas patologias modernas, que podem aumentar o risco de suicídio.

Os elevados e crescentes índices no uso e abuso de álcool e de drogas compõe este cenário de frustração e desencanto. Ou como diria o Raul Seixas, o “ouro de tolo”. Não quer dizer que estes bens de consumo não sejam bons em si mesmos, o problema é a expectativa de felicidade extrema que vem junto como o pacote, o que é falso.

Preferencias religiosas ou crenças à parte, ao “tentar aposentar” o Deus e a religião, o sistema não oferece um substituto à altura, quando psicológica e antropologicamente já esta provado, e é recomendável, que uma religião tem um grande efeito como fator de equilíbrio emocional, para ficar apenas neste aspecto, que é um pressuposto mínimo para uma vida mais tranquila e saudável.

Ou seja, parece que Deus e a religião, fazem muito bem, sim. Alienação? O que significam efetivamente, o excesso de álcool e drogas de todo tipo, que tem os seus índices particulares de morte e autodestruição, significam? 
 
O pior é que podem acabar por se tornar “obrigação” por pressões sociais e modismos. É como disse o T. S. Eliot: “Numa terra de fugitivos, aquele que andar na direção contraria parece estar fugindo...”. 
 
Logo, o equilíbrio e a moderação essenciais tanto para consumir, beber, comer e tudo o mais, parece muito mais racional. E ter a coragem de suas próprias convicções e não se tornar um “consumidor alucinado” de tudo, como todo mundo parece estar fazendo, pode ser uma boa ideia.

Com dados e informações da BBC - Brasil

Se gostou deste post, assine o nosso feed RSS Feed ou siga no Twitter, para acompanhar as nossas atualizações

*

13 comentários:

  1. Acho uma grande babaquice colocar uma das causas como "falta de religiosidade".
    Onde existem índices grandes de religiosidade, há também o aumento da felicidade, crimes e assassinatos.
    Então, é melhor ser um país religioso, mas criminoso e feliz, ou um país ateu, e ser infeliz e suicida?
    Pelo menos é essa interpretação que essa pesquisa nos dá.

    ResponderExcluir
  2. Olá Glenn!

    É, você tem razão. Não é tão simples. Se religiosidade compreendida como princípios e valores – como poderia dizer – éticos, humanitários, espirituais? – talvez explicasse um pouco melhor, não é verdade?

    Entretanto, como diz o artigo, se os valores predominantes em nossas sociedades, pelo menos ocidentais, são estes pregados pelo capitalismo/liberalismo, com uma visão quantitativa das pessoas e dos relacionamentos, o “vazio” é inevitável.

    É como disse o Raul Seixas, o “ouro de tolo” que todo mundo acaba por descobrir, daí, como diz a música: “…ficar com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...” Ou dar um jeito antes...

    ResponderExcluir
  3. é o equilibrio...a felicidade não dura pra sempre, e quanto maior a felicidade, maior a tristeza que a sucede!

    ResponderExcluir
  4. É simples. Nos países mais felizes, as pessoas não aprendem a lidar com frustrações. São economicamente bem sucedidos, têm uma boa cultura, educação, baixa criminalidade, um governo praticamente incorruptível... isso torna qualquer um mais "fraco" emocionalmente. Nesses lugares, as pessoas não sabem lidar com a tristeza, e, assim, aquele affair da esposa ou a perda da namorada ficam muito mais doloridos.

    ResponderExcluir
  5. Concordo como Glenn.
    O índice de suicídios desses países ocorre por falta de... sol!
    O resto é manipulação.

    ResponderExcluir
  6. Simples, estabilidade economica eh felicidade?
    Estudar a vida inteira e trabalhar eh felicidade?
    A cultura desses povos que tras isso, e não o desenvolvimento, se seu pais eh bom, ótimo, vc não passa necessidade, mas por exemplo o brasil, somos exemplos de pessoas felizes não? Mesmo mais fodidos..

    ResponderExcluir
  7. Os comentários acima mostram como o tema – as causas – são complexas e controvertidas, mas uma coisa parece ter ficado implícita em todos: a nossa fragilidade e a carência de algo mais substancial que, realmente, dê sentido a nossa vida, pois, mesmo quem não chega a tais extremos, muitos mesmo, vivemos a nos empanturrar de rango, bebidas e drogas de todo tipo, buscando alguma coisa com que aliviar ou encher certo “vazio”, não é verdade?

    Então, o que será que está faltando? Ou a coisa é assim mesmo?

    ResponderExcluir
  8. OS valores verdadeiros foram apagados pela mídia corporativa e sistema de ensino e algumas religiões, o governo emburrece a população,não investe em educação pra explorar a ignorância,quanto mais ignorante o cidadão mais fácil dominar e manipular, o povo ja nasceu e acostumou com esse sistema em que agente vive e esqueceu o verdadeiro sentido da vida, esse povo suicida tem que aprender que caixão não tem gaveta, o que importa na vida é adquirir a experiência.. viver \o/

    ResponderExcluir
  9. Olá!

    É isso!

    A mídia e a publicidade são os carros chefes desse “vale tudo” em que parece ter-se transformado o cotidiano das pessoas, notadamente a TV.

    As necessidades de sobrevivência e de consumo das famílias, tem delegado à TV, sobretudo, e às “escolinhas” de todo tipo, o papel da educação e formação dos filhos... com quais valores e/ou princípios?

    Qual seria a saída? Mais pai e mais mãe na vida e educação dos filhos? Promover uma reconfiguração da família, resgatando princípios e valores com os quais possamos reconstruir uma sociedade diferente, mais solidária, mais humana, menos consumista/materialista e mais feliz?

    Como?

    ResponderExcluir
  10. a pergunta deveria ser,por que nos paises pobres as pessoas se matam menos?
    a resposta é obvia,aqui chegar no fim da vida ja é uma vitoria,ninguem quer ser morto por bala perdida ou assaltado,um maluco que sai na rua com medo de ser assaltado nao vai pensar em matar a si mesmo.

    ResponderExcluir
  11. kylmer falou TUDO!!!

    Mas falta de Deus no coraçao é um fator importante, haja gente contra religiosidade ou nao, a verdade é essa.

    ResponderExcluir
  12. É, a luta pela sobrevivência pode funcionar como um antídoto ao desespero que pode levar alguém a este ato extremo, o suicídio, mas não contra os mecanismos comuns de ‘fuga’ ou de busca de ‘alívio’ ou sentido para o tal do “vazio”, como excesso de bebida, por exemplo.

    Talvez, apesar dos preconceitos e da tal pós-modernidade anti-religiosa e anti-Deus que ainda dita regras, “...falta de Deus no coraçao é um fator importante, haja gente contra religiosidade ou nao, a verdade é essa”, como disse a Karen, ajude, mesmo, a explicar um pouco as coisas.

    ResponderExcluir

Olá!

Bem vindo, a sua opinião é muito importante.