A onda de “democratização” que acontece no mundo árabe, sobretudo no norte africano – Egito, Líbia etc. – representa uma onda de uma nova fase do colonialismo europeu para garantir o projeto de substituição da matriz energética da União Européia.
As ditaduras da região, criadas e sustentadas pelos países europeus e EUA, visaram garantir o suprimento seguro e barato do petróleo a seus países. Entretanto, diante da crise anunciada do modelo, surge o novo projeto de instalação, a pleno vapor, de um gigantesco parque gerador de energia solar, com painéis fotovoltáicos, no Saara, capaz de suprir todas as necessidades energéticas da União Européia.
Para torná-lo viável, e seguro, é preciso “pacificar” e “democratizar” estes países da região, tornando-os mais previsíveis, e de certo modo controláveis, para que se tenha a estabilidade política que garanta o sucesso do empreendimento e o retorno dos investimentos.
O que a mídia pintou como algo como se tivesse havido uma “geração espontânea” de consciência política pelas populações destes países, que há décadas aceitam e se submetem a estes regimes, foi, na verdade, resultado da execução de um plano bem bolado de instigação e monitoramento da insatisfação popular latente, a serviço dos Departamentos de Estado de países europeus e dos EUA.
A imagem de fachada, para quem insiste em ser enganado, é a defesa das populações desses países e a promoção da democracia, como tentam nos fazer acreditar a mídia falaciosa e conivente.
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