domingo, 26 de junho de 2011

Guerra cibernética é mais do que ficção científica

As recentes notícias sobre ataques de rackers contra instituições e órgão do governo no Brasil, na verdade só adquiriram a dimensão que tiveram em função do próprio sensacionalismo da mídia, que vive disso. Excessos da mídia porque, conforme estudiosos de segurança na rede, o que ocorreu é, relativamente, comum em todo o mundo, o DoS, que é uma ‘técnica’ de retirar o sitio do ‘ar’, por sobrecarga de acessos provocada por ‘’robôs” ou softwares especiais , sem riscos reais. O que não quer dizer que isto, os riscos, não sejam possíveis, como já ocorreu, e ocorre, em todo o mundo.


O Brasil está se preparando para uma guerra. Sem tiros, ataques terrestres e aéreos, sem bombardeios, mortes e derramamento de sangue. Neste tipo de combate, a munição é virtual, o território é digital e os disparos são eletrônicos. Os alvos, o sistema bancário, as redes elétricas e de telecomunicações, refinarias de petróleo e outras infraestruturas críticas dos países. (...)

Segundo Eduardo D´Antona, diretor da Panda Security, falar em guerra cibernética não é exagero. “Acordou-se, percebeu-se que realmente existe uma possibilidade de ataque digital. Há dez anos, era preciso jogar uma bomba em uma usina para retardar a construção de uma arma atômica. Hoje é possível fazer isso remotamente, de um computador”, acrescenta.

O melhor exemplo de um ataque cibernético de origem desconhecida é o Stuxnet. O malware é considerado o primeiro capaz de causar danos no mundo físico, o que o torna uma ameaça sem precedentes. Por este motivo, Eugene Kaspersky, fundador e CEO da empresa de segurança digital Kaspersky, descreve o Stuxnet como “a abertura da Caixa de Pandora”. “Ele não foi criado para roubar dinheiro, enviar spam ou se apoderar de dados pessoais. Ele foi desenvolvido para sabotar fábricas e prejudicar sistemas industriais”, diz o especialista, que acredita que o vírus “é uma arma que inaugura a era da guerra cibernética e que levará à criação de uma nova corrida armamentista no mundo”. (...) 

Kaspersky afirma apenas que “se trata de um ataque sofisticado, apoiado por uma equipe bem financiada, altamente qualificada, cujo trabalho só poderia ser realizado com o apoio e suporte de algum país”. 

Por ter atingido uma usina nuclear no Irã e sistemas industriais estratégicos da China, o que se especula entre os especialistas é que o vírus pode ter sido patrocinado por Israel ou Estados Unidos. Nada disso, porém, é oficial.


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