Sistema controlado pelo exército criará falsos perfis para disseminar propaganda pró-Washington e tentar sufocar opiniões contrárias. Analistas comparam iniciativa à censura chinesa – e duvidam que seja bem-sucedida
Porém, omitirão suas identidades. Contarão com um software que multiplicará falsos perfis de usuários destas redes, e os transformará em “fantoches” eletrônicos – para usar uma expressão do londrino The Guardian, que apurou os fatos e os expôs na edição de quinta-feira (17/3). A operação fere as leis dos EUA. Será realizada graças a uma brecha legal, que não impede o exército de praticar manipulação contra internautas de outros países. Aparentemente, irá se desenvolver, num primeiro momento, no Oriente Médio. Nada impede, contudo, que seja voltada contra outros alvos.
Como boa parte dos ataques do Estado norte-americano aos direitos civis, a operação usa como pretexto a “guerra ao terror”. Tem nome orwelliano: Operation Earnest Voice (OEV), algo como Operação Voz Sincera. Sua existência foi revelada pela primeira vez em público no ano passado, num depoimento do general David Paetreus, então chefe do CentCom, ao comitê de Assuntos Militares do Senado norte-americano. Para defendê-la, ele afirmou que se tratava de um esforço para “conter a ideologia e propaganda extremistas”.
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